Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 35, n. 00, e024012, 2024. e-ISSN: 2236-0441
DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v35i00.10657 1
UTILIZAÇÃO DE LINGUAGEM OBSCENA ENTRE OS JOVENS
USO DE LENGUAJE OBSCENO ENTRE LOS JÓVENES
USE OF OBSCENE LANGUAGE AMONG YOUTH
Yana KRYUCHEVA 1
e-mail: kryuchevay@bk.ru
Ekaterina OMAROVA AKVAZBA 2
e-mail: ek.akvazba@mymail.academy
Como referenciar este artigo:
KRYUCHEVA, Y. V.; AKVAZBA, E. O. Utilização de linguagem
obscena entre os jovens. Nuances: Estudos sobre Educação,
Presidente Prudente, v. 35, n. 00, e024012, 2024. e-ISSN: 2236-
0441. DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v35i00.10657
| Submetido em: 15/06/2024
| Revisões requeridas em: 11/07/2024
| Aprovado em: 05/08/2024
| Publicado em: 23/09/2024
Editores:
Profa. Dra. Rosiane de Fátima Ponce
Prof. Dr. Paulo César de Almeida Raboni
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Industrial de Tyumen, Tyumen Rússia.
2
Universidade Industrial de Tyumen, Tyumen Rússia.
Utilização de linguagem obscena entre os jovens
Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 35, n. 00, e024012, 2024. e-ISSN: 2236-0441
DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v35i00.10657 2
RESUMO: O estudo centra-se no uso de palavrões entre os jovens modernos, realçando os seus
aspectos psicológicos, sociais e educativos. Os autores utilizam uma abordagem metodológica
mista, combinando inquéritos quantitativos e entrevistas qualitativas com estudantes da
Universidade Industrial de Tyumen (Tyumen, Rússia). Os autores propõem uma classificação
das razões que levam os jovens a utilizar linguagem obscena e determinam as suas
especificidades. As razões psicológicas subjacentes ao uso de palavrões incluem a necessidade
de integração, atenção, catarse, autoexpressão e liberdade. O significado teórico e prático do
estudo reside principalmente na recolha, sistematização e generalização de material sobre
linguagem obscena e na elaboração das razões para o seu uso. O estudo fornece uma base para
sessões de formação destinadas a desenvolver a cultura da fala dos alunos, a desenvolver as
suas capacidades de autorregulação e a aliviar a tensão em situações de stress. Os resultados
podem ser utilizados por psicólogos, linguistas e professores no trabalho preventivo e educativo
em organizações educativas.
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem obscena. Jovens. Profanidade. Discurso.
RESUMEN: El estudio se centra en el uso de blasfemias entre la juventud moderna haciendo
hincapié en sus aspectos psicológicos, sociales y educativos. Los autores emplean un enfoque
metodológico mixto que combina encuestas cuantitativas y entrevistas cualitativas con
estudiantes de la Universidad Industrial de Tyumen (Tyumen, Rusia). Los autores proponen
una clasificación de las razones que impulsan a los jóvenes a utilizar un lenguaje obsceno y
determinan sus especificidades. Las razones psicológicas que subyacen al uso de palabrotas
incluyen la necesidad de integración, atención, catarsis, autoexpresión y libertad. La
importancia teórica y práctica del estudio radica principalmente en la recopilación,
sistematización y generalización de material sobre el lenguaje obsceno y la elaboración de las
razones de su uso. El estudio proporciona una base para las sesiones de formación destinadas
a desarrollar la cultura del habla de los alumnos, fomentar su capacidad de autorregulación y
aliviar la tensión en situaciones de estrés. Las conclusiones pueden ser utilizadas por
psicólogos, lingüistas y profesores en la labor preventiva y educativa en organizaciones
educativas.
PALABRAS CLAVE: Lenguaje obsceno. Juvenil. Profanidad. Discurso.
ABSTRACT: The study focuses on the use of profanity among modern youth, emphasizing its
psychological, social, and educational aspects. The authors employ a mixed methodological
approach combining quantitative surveys and qualitative interviews with students at the
Industrial University of Tyumen (Tyumen, Russia). The authors propose a classification of
reasons that prompt young people to use obscene language and determine their specifics.
Psychological reasons behind the use of profanity include the need for integration, attention,
catharsis, self-expression, and freedom. The theoretical and practical significance of the study
lies primarily in the collection, systematization, and generalization of material on obscene
language and the elaboration of the reasons for its use. The study provides a basis for training
sessions to develop students' speech culture, build their self-regulation skills, and relieve
tension in stressful situations. The findings can be used by psychologists, linguists, and teachers
in the preventive and educational work at educational organizations.
KEYWORDS: Obscene language. Young people. Profanity. Speech.
Yana KRYUCHEVA e Ekaterina Omarova AKVAZBA
Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 35, n. 00, e024012, 2024. e-ISSN: 2236-0441
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Introdução
De acordo com a Fundação de Opinião Pública (n.d.), o uso de linguagem obscena
tornou-se um fenômeno comum na sociedade contemporânea. Pesquisas sociológicas indicam
que os jovens constituem o grupo mais ativo no uso desse tipo de linguagem. Com as contínuas
transformações nos valores e nas atitudes sociais, a subcultura juvenil passou a considerar a
profanidade como norma, utilizando-a tanto na comunicação cotidiana quanto em redes sociais,
aplicativos de mensagens e outras plataformas digitais. Segundo Semenkova et al. (2019), o
emprego de expressões rudes e vulgares reflete um baixo nível de desenvolvimento espiritual e
moral tanto do indivíduo quanto da sociedade.
A linguagem obscena, originária do latim obscenus (“indecente, lascivo, imoral”), é
um segmento da linguagem profana que inclui expressões rudes e vulgares, frequentemente
utilizadas para expressar uma reação espontânea a situações incertas ou perturbadoras (Levin,
1998).
Recentemente a linguagem obscena passou a ser objeto de investigação científica. O
Professor Zhelvis (2001) foi um dos pioneiros a abordar essa questão, analisando as
características sociopsicológicas da invectiva. Segundo Zhelvis, o uso dessa linguagem
depende de fatores como status social, gênero, idade, nível de educação e religião do falante.
Ele define a invectiva como uma forma de agressão verbal direta e ativa, expressa por meio de
obscenidades socialmente inaceitáveis, que desempenha diversas funções na fala. O uso da
linguagem obscena pode proporcionar alívio psicológico (catarse), auxiliar na criação de laços
com interlocutores de status similar, insultar ou animar o interlocutor, e expressar tanto rebeldia
quanto admiração. A popularidade da profanidade está relacionada à sua capacidade única de
expressar emoções de forma precisa, sendo as emoções processos psicológicos complexos que
nem sempre podem ser expressos adequadamente por meios convencionais.
Grisheva (2014) identifica fatores sociopolíticos e psicológicos como os mais
importantes no estímulo ao uso da linguagem ofensiva. Ela destaca que a agressão e a grosseria
são saídas para a repressão estatal que, antes controlada, encontrou na sociedade moderna um
meio de ser expressa sem exibições. Além disso, a inflação, o desemprego e os baixos padrões
de vida contribuíram para a disseminação de xingamentos, especialmente em plataformas
midiáticas como televisão e rádio, onde a censura foi abolida.
Mitin (2009) acrescenta que comportamentos desviantes, transtornos mentais, estados
emocionais negativos como ansiedade e medo, e baixo nível cultural e religioso também
influenciam no uso de linguagem vulgar. Em contrapartida, Sudakova e Grigoreva (2020)
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apontam que a capacidade de controlar o uso de palavrões e substituí-los por outras formas
linguísticas, mantendo a carga emocional da fala, é um indicativo de maturidade. Essa
maturidade se manifesta na habilidade do indivíduo de expressar suas emoções e sentimentos
de maneira construtiva, facilitando a resolução de conflitos e o estabelecimento de relações
sociais produtivas.
Enquanto alguns autores sugerem que a linguagem obscena pode prejudicar a saúde,
estudos recentes indicam que a obscenidade pode atuar como um mecanismo de autodefesa e
catarse emocional. Hussian et al. (2023) demonstram que o uso frequente de palavrões está
inversamente correlacionado com níveis de estresse, ansiedade e depressão, revelando uma
relação complexa entre profanidade e saúde mental. Por outro lado, o geneticista Gariaev (1997)
argumenta que o uso excessivo de linguagem vulgar pode gerar desequilíbrios hormonais e
mutações no DNA, especialmente entre mulheres, que perderiam energia e poder femininos.
Gariaev chegou a desenvolver um aparelho que transforma a fala em ondas eletromagnéticas e
descobriu que as palavras duras danificam os cromossomos, desencadeando um processo de
autodestruição, enquanto palavras gentis têm efeitos benéficos sobre o corpo humano (Gariaev,
1997; Proniushkina; Komarova, 2020; Svetorusie, 2017).
A análise teórica realizada permite identificar quatro componentes psicológicos
fundamentais na estrutura da linguagem obscena: cognitivo, avaliação emocional,
comportamental e motivacional. O componente cognitivo abrange o conhecimento,
pensamentos, afirmações e concepções morais relacionadas à noção de profanidade. o
componente de avaliação emocional inclui as atitudes positivas ou negativas, sentimentos e
emoções que envolvem o uso de palavrões, tanto pela própria pessoa quanto por aqueles ao seu
redor, em diferentes situações, além de uma avaliação moral dessas ocorrências. O componente
comportamental refere-se à frequência e ao contexto em que os palavrões são utilizados, bem
como à disposição da pessoa em aprimorar sua fala. Por fim, o componente motivacional diz
respeito às razões e fatores que motivam o uso de palavrões no ambiente juvenil.
O objetivo deste estudo é investigar a prevalência e o uso da linguagem obscena entre a
juventude contemporânea, com ênfase nas motivações psicológicas e sociais que impulsionam
tal comportamento. Esta análise visa, ainda, explorar as implicações desse fenômeno linguístico
para as práticas educacionais e sugerir estratégias que promovam uma cultura de comunicação
respeitosa e eficaz entre os estudantes. Ao analisar os componentes cognitivos e emocionais da
linguagem obscena, busca-se oferecer insights que possam auxiliar educadores, psicólogos e
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formuladores de políticas na elaboração de intervenções voltadas à redução do uso de palavrões
e ao incentivo de hábitos de fala mais positivos em ambientes educacionais.
Metodologia
Desenho do Estudo: O presente trabalho foi desenvolvido com uma abordagem
sociopsicológica, centrando-se no uso de linguagem ofensiva entre jovens, à luz das
perspectivas psicológica e educacional. Um estudo sociopsicológico investiga a interação entre
processos psicológicos individuais e comportamentos sociais em contextos específicos. Neste
caso, o estudo foi delineado para analisar como as influências sociais e os fatores psicológicos
individuais contribuem para o uso de palavrões por estudantes.
Base Teórica: A fundamentação teórica deste trabalho apoia-se na Teoria Social
Cognitiva (Bandura, 1986) e na Teoria da Identidade Social (Tajfel; Turner, 1979). A Teoria
Social Cognitiva postula que o comportamento é aprendido por meio da observação, imitação
e modelagem, sendo particularmente relevante para explicar como os jovens adotam a
linguagem obscena a partir do seu ambiente social. A Teoria da Identidade Social, por sua vez,
ressalta o papel da pertença a grupos e da identidade social na formação do comportamento
individual, o que auxilia na compreensão de como os estudantes utilizam palavrões para alinhar-
se às normas do grupo e consolidar sua identidade dentro de seus círculos sociais.
Estudo Sociopsicológico: O estudo sociopsicológico tem como objetivo explorar as
interações entre processos psicológicos individuais e o ambiente social mais amplo. Esse tipo
de investigação busca identificar construtos sociais e psicológicos, como atitudes, crenças e
comportamentos, utilizando instrumentos como questionários e entrevistas para mensurá-los.
O propósito é compreender como fatores sociais (por exemplo, normas culturais e pressão de
pares) e fatores psicológicos (como autoestima e regulação emocional) influenciam
comportamentos, neste caso, o uso de linguagem obscena.
Aplicação ao Estudo: No contexto desta pesquisa, o estudo sociopsicológico foi
realizado por meio de uma combinação de questionários quantitativos e entrevistas qualitativas,
na Universidade Industrial de Tyumen (Tyumen, Rússia). O estudo teve como foco as atitudes
dos estudantes em relação ao uso de palavrões, envolvendo uma amostra de 90 estudantes de
período integral (50 homens e 40 mulheres). Os questionários utilizaram uma escala Likert,
desenvolvida para avaliar a compreensão cognitiva dos estudantes sobre a linguagem obscena,
suas respostas emocionais e suas tendências comportamentais em diferentes contextos sociais.
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As principais áreas de análise incluíram a compreensão cognitiva, a atitude emocional em
relação ao uso de palavrões e os padrões comportamentais em diversos ambientes. A pesquisa
também investigou a consciência dos estudantes sobre as consequências sociais e legais do uso
de linguagem obscena em espaços públicos.
Resultados
Os achados da pesquisa possibilitaram a formulação das seguintes conclusões:
1. A análise do componente cognitivo da linguagem obscena revela que todos os
estudantes possuem uma compreensão clara do fenômeno. Eles definem a linguagem ofensiva
como o uso de palavrões, termos e expressões inadequadas consideradas inaceitáveis em
contextos públicos. Entre os entrevistados, 58% associam o uso de palavrões à violação de
normas sociais, enquanto 42% o veem como simples xingamentos, acreditando que “não se
deve atribuir tanta importância a essas palavras”. Além disso, 74% relataram ouvir
frequentemente obscenidade de outras pessoas, e 32% têm consciência de que o uso de
palavrões em locais públicos pode ser classificado como contravenção, resultando em multa.
2. O componente de avaliação emocional reflete as atitudes dos alunos em relação ao
uso da linguagem ofensiva na sociedade contemporânea. Para 63% dos entrevistados, o uso de
palavrões é considerado aceitável, porém apenas em círculos íntimos, como entre amigos. Em
contraste, 23% demonstraram indiferença, afirmando que cada indivíduo é responsável por seu
próprio comportamento. Apenas 8% desaprovam o uso de palavrões por outras pessoas,
sustentando que “não se deve usá-los em nenhuma circunstância”. Por outro lado, 17%
argumentam que a comunicação sem palavrões perderia sua carga emocional.
No que se refere à percepção emocional, 47% dos participantes relataram que o uso de
palavrões lhes proporciona uma sensação de autoconfiança. Outros 27% afirmaram sentir-se
emocionalmente mais animados e motivados ao perceber que conseguem se expressar
livremente e provocar reações emocionais positivas entre seus amigos. No entanto, 22%
relataram sentir-se constrangidos se suas palavras forem ouvidas por adultos com cargos
importantes.
Quando questionados sobre como se sentem ao ouvir xingamentos de um interlocutor,
46% dos entrevistados responderam que responderiam da mesma forma. As respostas
subsequentes, em ordem decrescente, foram: “Eu ficaria em silêncio e continuaria a conversa”
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(17%); “Eu não notaria” (14%); “Eu consideraria uma falta de respeito” (8%); e “Eu pediria
para não utilizar essa linguagem na minha presença” (10%).
3. O componente comportamental manifesta-se pela inserção de palavrões no discurso
cotidiano e está relacionado à capacidade do indivíduo de controlar seu comportamento verbal,
ou seja, de abster-se conscientemente de usar linguagem obscena em diversas situações,
incluindo momentos de estresse.
Cerca de 42% dos entrevistados admitiram que utilizam palavrões com frequência
(“regularmente”). Em contraste, 23% indicaram que os utilizam raramente, apenas em
momentos de tensão extrema ou forte excitação emocional. Outros 17% tentam substituir
palavrões por expressões mais inofensivas, enquanto 8% afirmaram que nunca recorrem à
linguagem ofensiva.
Quanto à possibilidade de viver sem o uso de palavrões, 21% dos entrevistados
acreditam que isso é viável, desde que a pessoa aprenda a controlar suas emoções. Esses
indivíduos reconhecem que os palavrões constituem um mau hábito que pode ser superado com
esforço e autoconsciência, optando por interjeições e combinações de palavras mais adequadas
para expressar seus pensamentos. Em contraste, 36% afirmam não estar dispostos a abandonar
o uso de palavrões, pois acreditam que eles tornam sua fala mais persuasiva, emocional e
envolvente. Esses entrevistados consideram que a linguagem obscena permite uma
comunicação mais sucinta e eficaz. Apenas 23% dos entrevistados sugerem que palavrões
devem ser restritos a certos contextos, evitando seu uso em espaços públicos, no ambiente
universitário ou na presença de adultos.
Em relação à pergunta “Em quais situações você mais utiliza esse tipo de linguagem?”,
os resultados entre os usuários de palavrões são:
- Expressão de estados emocionais (medo, agressão, excitação): 37%;
- Reação à dor: 57%;
- Aumento da expressividade da fala: 43%;
- Insultos dirigidos ao oponente: 23%.
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A pesquisa revelou que 46% dos participantes acreditam ser essencial aprender a
comunicar-se sem recorrer ao uso de palavrões. Entre as estratégias eficazes para combater a
linguagem obscena, destacam-se:
- Multas monetárias como forma de punição;
- Repreensão pública;
- Campanhas educativas com cartazes que incentivam a abstenção de palavrões e
promovem normas morais, cortesia e respeito mútuo.
Por outro lado, 33% dos entrevistados não demonstram preocupação com a
conformidade das pessoas ao seu redor com as normas lexicais da língua russa literária,
manifestando ceticismo quanto à possibilidade de erradicar o uso de palavrões da sociedade.
Eles argumentam que “os palavrões estão profundamente enraizados no vocabulário das
pessoas”. Os alunos destacam a necessidade de proibir o uso de linguagem obscena na mídia
como prioridade, e enfatizam que a formação familiar e a educação desempenham papéis
cruciais na formação do comportamento, valores e cultura de comunicação. Assim, o trabalho
educativo para prevenir o uso de palavrões deve iniciar-se na infância, com os pais servindo
como modelos positivos e evitando o uso de linguagem obscena em casa, especialmente na
presença das crianças. O mesmo princípio se aplica ao consumo de filmes e programas de TV
que promovem palavrões.
4. O componente motivacional da pesquisa permite identificar as razões subjacentes ao
uso de linguagem obscena. Com base nos estudos de Stapleton et al. (2022) sobre o tema e na
análise dos dados obtidos, foram identificadas as seguintes motivações psicológicas:
Necessidade de Integração: Em algumas comunidades, o uso de palavrões serve para
expressar a intenção de se alinhar ao grupo e se conformar com as normas do grupo. A
aceitação pelo grupo leva a uma necessidade de falar a mesma língua;
Necessidade de Atenção: O uso de linguagem obscena pode estar associado à
insegurança e à carência de atenção. Para um desenvolvimento psicológico equilibrado,
é essencial receber cuidado, afeto e amor, principalmente da família. Quando esses
elementos são insuficientes devido a fatores como pais constantemente ocupados ou
conflitos familiares, a pessoa pode recorrer ao uso de palavrões como uma forma
alternativa de atrair a atenção desejada;
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A Necessidade de Catarse: A linguagem ofensiva frequentemente serve como uma
válvula de escape para emoções e pensamentos reprimidos, geralmente negativos. O uso
de palavrões para aliviar o estresse e a tensão psicológica é característico de indivíduos
que possuem um domínio limitado sobre outras formas de gerenciamento emocional;
A Necessidade de Autoexpressão: Para causar uma impressão marcante no interlocutor
ou para adicionar um efeito cômico ou irônico ao discurso, indivíduos recorrem ao uso
de palavrões. Isso intensifica a comunicação e amplifica a resposta emocional dos
interlocutores;
A Necessidade de Liberdade: Os estudantes acreditam que o uso de linguagem obscena
os ajuda a parecer mais maduros, independentes e livres aos olhos dos outros. O uso de
palavrões torna-se, então, um meio de expressar protesto ou insatisfação com as
exigências sociais, autoritárias ou normas morais.
A prevenção do uso de linguagem obscena entre a juventude moderna requer:
Ensinar Etiqueta Verbal: A etiqueta verbal consiste em um conjunto de regras de
comportamento verbal aceitas pela sociedade em diferentes esferas e situações de comunicação;
Praticar uma Fala Educada e Sofisticada: Escolher expressões literárias apropriadas
para situações críticas;
Desenvolver Habilidades de Autorregulação Emocional e Comportamento
Construtivo: Aprender a gerenciar conflitos de maneira construtiva e a regular as emoções;
Cultivar uma Atitude Consciente em Relação a Expressões Inadequadas:
Reconhecer que a linguagem obscena é frequentemente vista como prejudicial ou inadequada,
com base em normas culturais, padrões legais e valores sociais (Debray, 2023);
Enriquecer o Vocabulário Através da Leitura de Ficção: Expandir o vocabulário
para permitir a expressão mais sofisticada;
Encontrar Motivação para Evitar Palavrões: Caso seja difícil controlar a própria
fala, é recomendável buscar apoio e assistência de entes queridos para superar esse hábito.
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Considerações finais
O estudo das razões psicológicas por trás do uso de palavrões permite compreender a
essência, a motivação e a natureza multifacetada desse fenômeno. A falta de atenção, baixa
autoestima, incapacidade de gerenciar situações estressantes de maneira construtiva e a
ausência de habilidades de comunicação adequada levam os jovens a expressar seus
pensamentos por meio de linguagem obscena. O uso de palavrões pode servir como uma forma
de autoexpressão e uma violação consciente das proibições e normas sociais.
Embora o uso de linguagem obscena seja desaprovado pela moral pública e considerado
um tabu, é crucial desenvolver estratégias e táticas para combatê-lo. Essas estratégias incluem
o desenvolvimento da cultura da fala por meio da literatura e arte; encontrar alternativas verbais
apropriadas; implementar regras e ética de comunicação em contextos específicos; e ensinar
técnicas psicológicas para alívio da tensão emocional. Ao promover uma cultura de uso
respeitoso e eficaz da linguagem, as instituições educacionais podem aprimorar as habilidades
de comunicação dos alunos, sua inteligência emocional e o crescimento pessoal geral,
preparando-os para o sucesso futuro, tanto pessoal quanto profissional.
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Este estudo foi conduzido com os mais altos padrões éticos em mente,
garantindo a confidencialidade e o anonimato de todos os participantes. O consentimento
informado foi obtido de todos os participantes antes de seu envolvimento na pesquisa, e
todos os dados foram coletados, armazenados e analisados de acordo com as diretrizes éticas
aplicáveis.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Ambos os autores contribuíram igualmente para este trabalho.
Yana Kryucheva foi a principal responsável pela conceituação e desenho do estudo, bem
como pela coleta e análise de dados. Ekaterina Omarova Akvazba desempenhou um papel
fundamental na revisão da literatura, no desenvolvimento da metodologia de pesquisa e na
interpretação dos resultados. Ambos os autores colaboraram na elaboração e revisão do
manuscrito, e leram e aprovaram a versão final para publicação.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v35i00.10657 1
USE OF OBSCENE LANGUAGE AMONG YOUTH
UTILIZAÇÃO DE LINGUAGEM OBSCENA ENTRE OS JOVENS
USO DE LENGUAJE OBSCENO ENTRE LOS JÓVENES
Yana KRYUCHEVA 1
e-mail: kryuchevay@bk.ru
Ekaterina Omarova AKVAZBA 2
e-mail: ek.akvazba@mymail.academy
How to reference this paper:
KRYUCHEVA, Y. V.; AKVAZBA, E. O. Use of obscene
language among youth. Nuances: Estudos sobre Educação,
Presidente Prudente, v. 35, n. 00, e024012, 2024. e-ISSN: 2236-
0441. DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v35i00.10657
| Submitted: 15/06/2024
| Revisions required: 11/07/2024
| Approved: 05/08/2024
| Published: 23/09/2024
Editors:
Prof. Dr. Rosiane de Fátima Ponce
Prof. Dr. Paulo César de Almeida Raboni
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Industrial University of Tyumen, Tyumen Russia.
2
Industrial University of Tyumen, Tyumen Russia.
Use of obscene language among youth
Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 35, n. 00, e024012, 2024. e-ISSN: 2236-0441
DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v35i00.10657 2
ABSTRACT: The study focuses on the use of profanity among modern youth, emphasizing its
psychological, social, and educational aspects. The authors employ a mixed methodological
approach combining quantitative surveys and qualitative interviews with students at the
Industrial University of Tyumen (Tyumen, Russia). The authors propose a classification of
reasons that prompt young people to use obscene language and determine their specifics.
Psychological reasons behind the use of profanity include the need for integration, attention,
catharsis, self-expression, and freedom. The theoretical and practical significance of the study
lies primarily in the collection, systematization, and generalization of material on obscene
language and the elaboration of the reasons for its use. The study provides a basis for training
sessions to develop students' speech culture, build their self-regulation skills, and relieve
tension in stressful situations. The findings can be used by psychologists, linguists, and teachers
in the preventive and educational work at educational organizations.
KEYWORDS: Obscene language. Young people. Profanity. Speech.
RESUMO: O estudo centra-se no uso de palavrões entre os jovens modernos, realçando os
seus aspectos psicológicos, sociais e educativos. Os autores utilizam uma abordagem
metodológica mista, combinando inquéritos quantitativos e entrevistas qualitativas com
estudantes da Universidade Industrial de Tyumen (Tyumen, Rússia). Os autores propõem uma
classificação das razões que levam os jovens a utilizar linguagem obscena e determinam as
suas especificidades. As razões psicológicas subjacentes ao uso de palavrões incluem a
necessidade de integração, atenção, catarse, auto-expressão e liberdade. O significado teórico
e prático do estudo reside principalmente na recolha, sistematização e generalização de
material sobre linguagem obscena e na elaboração das razões para o seu uso. O estudo fornece
uma base para sessões de formação destinadas a desenvolver a cultura da fala dos alunos, a
desenvolver as suas capacidades de autorregulação e a aliviar a tensão em situações de stress.
Os resultados podem ser utilizados por psicólogos, linguistas e professores no trabalho
preventivo e educativo em organizações educativas.
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem obscena. Jovens. Profanidade. Discurso.
RESUMEN: El estudio se centra en el uso de blasfemias entre la juventud moderna haciendo
hincapié en sus aspectos psicológicos, sociales y educativos. Los autores emplean un enfoque
metodológico mixto que combina encuestas cuantitativas y entrevistas cualitativas con
estudiantes de la Universidad Industrial de Tyumen (Tyumen, Rusia). Los autores proponen
una clasificación de las razones que impulsan a los jóvenes a utilizar un lenguaje obsceno y
determinan sus especificidades. Las razones psicológicas que subyacen al uso de palabrotas
incluyen la necesidad de integración, atención, catarsis, autoexpresión y libertad. La
importancia teórica y práctica del estudio radica principalmente en la recopilación,
sistematización y generalización de material sobre el lenguaje obsceno y la elaboración de las
razones de su uso. El estudio proporciona una base para las sesiones de formación destinadas
a desarrollar la cultura del habla de los alumnos, fomentar su capacidad de autorregulación y
aliviar la tensión en situaciones de estrés. Las conclusiones pueden ser utilizadas por
psicólogos, lingüistas y profesores en la labor preventiva y educativa en organizaciones
educativas.
PALABRAS CLAVE: Lenguaje obsceno. Juvenil. Profanidad. Discurso.
Yana KRYUCHEVA and Ekaterina Omarova AKVAZBA
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Introduction
According to the Public Opinion Foundation (n.d.), the use of obscene language has
become a common phenomenon in contemporary society. Sociological research indicates that
young people constitute the most active group when using this type of language. With the
continuous transformations in social values and attitudes, youth subculture has come to view
profanity as the norm, using it in everyday communication as well as on social media,
messaging apps, and other digital platforms. According to Semenkova et al. (2019), the use of
rude and vulgar expressions reflects a low level of spiritual and moral development in both the
individual and society.
Obscene language, originating from the Latin obscenus ("indecent, lascivious,
immoral"), is a subset of profane language that includes rude and vulgar expressions, often used
to express a spontaneous reaction to uncertain or disturbing situations (Levin, 1998).
Recently, obscene language has become a subject of scientific investigation. Professor
Zhelvis (2001) was one of the pioneers in addressing this issue, analyzing the
sociopsychological characteristics of invective. According to Zhelvis, the use of this language
depends on factors such as social status, gender, age, level of education, and religion of the
speaker. He defines invective as a form of direct and active verbal aggression, expressed
through socially unacceptable obscenities, which performs various functions in speech. The use
of obscene language can provide psychological relief (catharsis), help create bonds with
interlocutors of similar status, insult or animate the listener, and express both rebellion and
admiration. The popularity of profanity is related to its unique ability to precisely express
emotions, as emotions are complex psychological processes that cannot always be adequately
conveyed through conventional means.
Grisheva (2014) identifies sociopolitical and psychological factors as the most
important in stimulating the use of offensive language. She emphasizes that aggression and
rudeness serve as outlets for state repression, which, previously controlled, has found in modern
society a means of expression without restraint. Additionally, inflation, unemployment, and low
living standards have contributed to the spread of cursing, especially in media platforms such
as television and radio, where censorship has been abolished.
Mitin (2009) adds that deviant behavior, mental disorders, negative emotional states
such as anxiety and fear, and low cultural and religious levels also influence the use of vulgar
language. In contrast, Sudakova and Grigoreva (2020) point out that the ability to control the
use of swear words and substitute them with other linguistic forms while maintaining the
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emotional impact of speech is an indication of maturity. This maturity manifests in the
individual's ability to constructively express emotions and feelings, facilitating conflict
resolution and establishing productive social relationships.
While some authors suggest that obscene language can harm health, recent studies
indicate that profanity may act as a mechanism of self-defense and emotional catharsis. Hussian
et al. (2023) demonstrate that frequent use of swear words is inversely correlated with levels of
stress, anxiety, and depression, revealing a complex relationship between profanity and mental
health. On the other hand, geneticist Gariaev (1997) argues that excessive use of vulgar
language can cause hormonal imbalances and DNA mutations, especially among women, who
would lose feminine energy and power. Gariaev even developed a device that transforms speech
into electromagnetic waves and discovered that harsh words damage chromosomes, triggering
a process of self-destruction, while kind words have beneficial effects on the human body
(Gariaev, 1997; Proniushkina; Komarova, 2020; Svetorusie, 2017).
The theoretical analysis conducted allows the identification of four fundamental
psychological components in the structure of obscene language: cognitive, emotional
evaluation, behavioral, and motivational. The cognitive component encompasses knowledge,
thoughts, statements, and moral conceptions related to the notion of profanity. The emotional
evaluation component includes positive or negative attitudes, feelings, and emotions
surrounding the use of swear words, both by oneself and by others, in different situations, as
well as a moral evaluation of these occurrences. The behavioral component refers to the
frequency and context in which swear words are used and the individual's willingness to
improve their speech. Finally, the motivational component relates to the reasons and factors that
motivate the use of swear words within the youth environment.
The aim of this study is to investigate the prevalence and use of obscene language among
contemporary youth, with an emphasis on the psychological and social motivations driving such
behavior. This analysis also seeks to explore the implications of this linguistic phenomenon for
educational practices and suggest strategies that promote a culture of respectful and effective
communication among students. By analyzing the cognitive and emotional components of
obscene language, the study aims to provide insights that can assist educators, psychologists,
and policymakers in developing interventions aimed at reducing the use of swear words and
encouraging more positive speech habits in educational environments.
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Methods
Study Design: This research was conducted using a sociopsychological approach,
focusing on the use of offensive language among young people, from both psychological and
educational perspectives. A sociopsychological study investigates the interaction between
individual psychological processes and social behaviors in specific contexts. In this case, the
study was designed to analyze how social influences and individual psychological factors
contribute to students' use of profanity.
Theoretical Framework: The theoretical foundation of this work is based on Social
Cognitive Theory (Bandura, 1986) and Social Identity Theory (Tajfel; Turner, 1979). Social
Cognitive Theory posits that behavior is learned through observation, imitation, and modeling,
which is particularly relevant for explaining how young people adopt obscene language from
their social environment. Social Identity Theory, on the other hand, emphasizes the role of
group membership and social identity in shaping individual behavior, helping to understand
how students use profanity to align with group norms and consolidate their identity within social
circles.
Sociopsychological Study: The sociopsychological study aims to explore the
interactions between individual psychological processes and the broader social environment.
This type of investigation seeks to identify social and psychological constructs such as attitudes,
beliefs, and behaviors, using tools like questionnaires and interviews to measure them. The
purpose is to understand how social factors (e.g., cultural norms and peer pressure) and
psychological factors (such as self-esteem and emotional regulation) influence behaviors, in
this case, the use of obscene language.
Application to the Study: In the context of this research, the sociopsychological study
was conducted through a combination of quantitative questionnaires and qualitative interviews
at the Industrial University of Tyumen (Tyumen, Russia). The study focused on students'
attitudes toward the use of profanity, involving a sample of 90 full-time students (50 men and
40 women). The questionnaires employed a Likert scale developed to assess students' cognitive
understanding of obscene language, their emotional responses, and their behavioral tendencies
in different social contexts. Key areas of analysis included cognitive understanding, emotional
attitudes toward the use of profanity, and behavioral patterns in various settings. The research
also examined students' awareness of the social and legal consequences of using obscene
language in public spaces.
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Results
The research findings led to the formulation of the following conclusions:
1. Cognitive Component Analysis: The analysis of the cognitive component of obscene
language reveals that all students have a clear understanding of the phenomenon. They define
offensive language as the use of profanity, inappropriate terms, and expressions considered
unacceptable in public contexts. Among the respondents, 58% associate the use of profanity
with the violation of social norms, while 42% view it as mere insults, believing that “too much
importance should not be attributed to these words.” Additionally, 74% reported frequently
hearing obscene language from others, and 32% are aware that using profanity in public places
can be classified as a misdemeanor, resulting in fines.
2. Emotional Assessment Component: This component reflects students’ attitudes
toward the use of offensive language in contemporary society. For 63% of the respondents, the
use of profanity is considered acceptable, but only in intimate circles, such as among friends.
In contrast, 23% expressed indifference, stating that each individual is responsible for their
behavior. Only 8% disapprove of others using profanity, maintaining that “it should not be used
under any circumstances.Conversely, 17% argue that communication without profanity would
lose its emotional impact.
Regarding emotional perception, 47% of participants reported that using profanity gives
them a sense of self-confidence. Another 27% said they feel emotionally energized and
motivated when they can express themselves freely and provoke positive emotional reactions
among their friends. However, 22% reported feeling embarrassed if their words were overheard
by adults in essential positions.
When asked how they feel when hearing insults from a conversational partner, 46% of
respondents said they would respond in kind. Subsequent responses, in descending order, were:
“I would remain silent and continue the conversation” (17%); “I wouldn’t notice” (14%); “I
would consider it disrespectful” (8%); and “I would ask them not to use that language in my
presence” (10%).
3. Behavioral Component: The behavioral component is manifested through the
insertion of profanity into everyday speech and is related to an individual’s ability to control
their verbal behavior, i.e., consciously refraining from using obscene language in various
situations, including moments of stress.
Approximately 42% of respondents admitted to frequently using profanity (“regularly”).
In contrast, 23% indicated that they use it rarely, only in moments of extreme tension or strong
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emotional excitement. Another 17% try to replace profanity with more harmless expressions,
while 8% stated they never resort to offensive language.
Regarding the possibility of living without the use of profanity, 21% of respondents
believe it is feasible, provided the individual learns to control their emotions. These individuals
recognize that profanity constitutes a bad habit that can be overcome through effort and self-
awareness, opting for interjections and more appropriate word combinations to express their
thoughts. In contrast, 36% are unwilling to give up profanity, as they believe it makes their
speech more persuasive, emotional, and engaging. These respondents consider obscene
language to enable more concise and effective communication. Only 23% of respondents
suggest that profanity should be restricted to certain contexts, avoiding its use in public spaces,
in the university environment, or in the presence of adults.
Regarding the question, “In which situations do you most frequently use this type of
language?” the results among profanity users are:
- Expression of emotional states (fear, aggression, excitement): 37%;
- Reaction to pain: 57%;
- Increased expressiveness of speech: 43%;
- Insults directed at an opponent: 23%.
The research revealed that 46% of participants believe it is essential to learn how to
communicate without resorting to profanity. Effective strategies for combating the use of
obscene language include:
- Monetary fines as a form of punishment;
- Public reprimand;
- Educational campaigns with posters encouraging abstention from profanity and
promoting moral norms, courtesy, and mutual respect.
On the other hand, 33% of respondents expressed no concern about people around them
adhering to the lexical norms of literary Russian, showing skepticism regarding the possibility
of eradicating profanity from society. They argue that “profanity is deeply ingrained in people’s
vocabulary.” The students highlight the need to prioritize banning the use of obscene language
in the media and emphasize that family upbringing and education play crucial roles in shaping
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behavior, values, and communication culture. Thus, educational efforts to prevent the use of
profanity should begin in childhood, with parents serving as positive role models by avoiding
the use of obscene language at home, especially in the presence of children. The same principle
applies to the consumption of movies and TV shows that promote profanity.
4. The motivational component of the research helps identify the underlying reasons for
the use of obscene language. Based on the studies by Stapleton et al. (2022) on the subject and
the analysis of the data obtained, the following psychological motivations were identified:
Need for Integration: In some communities, the use of profanity serves as a way to align
with the group and conform to its norms. Acceptance by the group creates a need to
speak the same language;
Need for Attention: The use of obscene language may be associated with insecurity and
a desire for attention. For balanced psychological development, it is essential to receive
care, affection, and love, especially from the family. When these elements are
insufficient due to factors like constantly busy parents or family conflicts, a person may
resort to profanity as an alternative way to attract the desired attention;
Need for Catharsis: Offensive language often serves as an outlet for repressed emotions
and thoughts, typically negative ones. The use of profanity to relieve stress and
psychological tension is characteristic of individuals with limited control over other
forms of emotional management.
Need for Self-Expression: To make a strong impression on the listener or to add a
humorous or ironic effect to their speech, individuals may use profanity. This intensifies
communication and amplifies the emotional response from the audience.
Need for Freedom: Students believe that using obscene language helps them appear
more mature, independent, and free in the eyes of others. Profanity then becomes a way
to express protest or dissatisfaction with social, authoritative, or moral norms.
Preventing the use of obscene language among modern youth requires:
Teaching Verbal Etiquette: Verbal etiquette consists of a set of rules of verbal
behavior accepted by society in different spheres and situations of communication;.
Practicing Polite and Refined Speech: Choosing appropriate literary expressions for
critical situations;
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Developing Emotional Self-Regulation and Constructive Behavior Skills: Learning
to manage conflicts constructively and regulate emoticons;
Cultivating a Conscious Attitude Toward Inappropriate Expressions: Recognizing
that obscene language is often seen as harmful or inappropriate, based on cultural norms, legal
standards, and social values (Debray, 2023);
Enriching Vocabulary Through Reading Fiction: Expanding vocabulary to allow for
more sophisticated expression;
Finding Motivation to Avoid Profanity: If controlling one's speech proves difficult,
it is recommended to seek support and assistance from loved ones to overcome this habit.
Final considerations
The study of the psychological reasons behind the use of profanity provides insight into
the essence, motivation, and multifaceted nature of this phenomenon. A lack of attention, low
self-esteem, inability to manage stressful situations constructively, and the absence of adequate
communication skills lead young people to express their thoughts through obscene language.
Using profanity can serve as a form of self-expression and a conscious violation of social
prohibitions and norms.
While the use of obscene language is disapproved of by public morality and considered
taboo, it is crucial to develop strategies and tactics to combat it. These strategies include
fostering a culture of speech through literature and art, finding appropriate verbal alternatives,
implementing rules and ethics for communication in specific contexts, and teaching
psychological techniques for emotional tension relief. By promoting a respectful and effective
language use culture, educational institutions can enhance students' communication skills,
emotional intelligence, and overall personal growth, preparing them for personal and
professional future success.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: Not applicable.
Funding: Not applicable.
Conflicts of interest: Authors declare no conflict of interest.
Ethical approval: This study was conducted with the highest ethical standards in mind,
ensuring the confidentiality and anonymity of all participants. Informed consent was
obtained from all participants prior to their involvement in the research, and all data were
collected, stored, and analyzed in compliance with applicable ethical guidelines.
Data and material availability: Not applicable.
Authors' contributions: Both authors contributed equally to this work. Yana Kryucheva
was primarily responsible for the conceptualization and design of the study, as well as data
collection and analysis. Ekaterina Omarova Akvazba played a key role in the literature
review, the development of the research methodology, and the interpretation of the results.
Both authors collaborated on the drafting and revision of the manuscript, and they have read
and approved the final version for publication.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.