ESTUDOS CULTURAIS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS: PROBLEMATIZANDO A PEDAGOGIA A PARTIR DE DESENHOS ANIMADOS
DOI:
https://doi.org/10.32930/nuances.v30i1.5914Palavras-chave:
Formação de professores. Ensino de ciências. Contexto cultural.Resumo
Estes escritos tratam de um recorte sobre algumas problematizações vivenciadas na disciplina de Ciências e Educação ministrada no curso de Licenciatura em Pedagogia. Trata-se de uma breve análise que procurou pensar diversas representações culturais existentes em desenhos animados, com futuros professores/as, a partir da perspectiva dos Estudos Culturais. Esse campo de pensamento considera que aprender e produzir significado sobre as coisas do mundo não se limita ao espaço escolar, visto que artefatos culturais – tais como filmes, propagandas, músicas, pinturas, textos literários – ensinam coisas às crianças sem que tenham a mesma estrutura e intencionalidade da escola. De acordo com os Estudos Culturais da Educação em Ciência, esses artefatos, usados recorrentemente nas escolas, possuem um efeito educativo, ensinam sobre os conhecimentos em Ciências Naturais e, junto a eles, enunciam uma série de representações naturalizadas, as quais possuem efeitos sob a produção de subjetividades dos indivíduos. Entre rechaçar os desenhos animados (não os usar em sala de aula) e passá-los às crianças indiscriminadamente, existe um mundo de possibilidades. A lógica predominante na escola é a do uso desses materiais na perspectiva da complementação da informação, assim como estratégia de captura da atenção, imobilidade e confinamento extensivo do corpo. Por isso, consideramos significativo que os futuros professores/as se questionem sobre como podem adotar esses artefatos em suas aulas, visto que os mesmos constituem uma rede de significações que ‘discursam’ não somente sobre ciências, mas sobre modos de ser criança, mulher, homem, negro, gay, branco em nossa complexa e produtiva rede cultural.
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