O MEIO AMBIENTE NAS ADAPTAÇÕES URBANAS DA PAISAGEM CULTURAL LATINO-AMERICANA: O CASO DO JARDIM DE EDIFICAÇÕES PATRIMONIAIS EM EQUADOR E BRASIL

Resumo

A relação sociedade-natureza persiste indeterminadamente nos diferentes setores habitacionais urbano-patrimoniais na América Latina e abrange a condição climática como um fator condicionador inerente a qualidade de vida. Nesse contexto, prepondera-se ao jardim de uma edificação histórica a condição de albergador dessa qualidade de vida, amplificando ou abreviando o sentido da vegetação cultivada. Os jardins de certo modo derivam de partilhas de saberes, pertenças ao lugar, pautando representações de um patrimônio intangível e específico. Nesse trabalho são analisados alguns desprendimentos e resistências relacionadas aos aspectos formais da arquitetura e no cultivo da vegetação identificada nos jardins de duas edificações, uma no Centro Histórico de Cuenca dos Andes, Equador e a outra no histórico Bairro Fundinho de Uberlândia-MG, Brasil. As duas cidades são de colonização Ibérica, estão localizadas em diferentes espaços geográficos, indicando a relevância da dinâmica climática do espaço no contexto patrimonial paisagístico desses jardins. Como resultado, são assinaladas que as condições geográficas influenciam sob a continuidade dos processos impositivos em favor do desenvolvimento socioeconômico. A capacidade resiliente da vegetação transforma-se e adéqua-se nos resquícios das áreas patrimoniais.