AS MÚLTIPLAS ESCALAS DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: A SITUAÇÃO DAS MULHERES NA AMÉRICA LATINA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Autores

  • Editha Lisbet Julca Gonza Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp) http://orcid.org/0000-0002-8979-8092
  • Bibiana Conceição Rezende Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp)

Palavras-chave:

Violência, mulheres, precarização, escala, COVID-19

Resumo

O estado de pandemia causada pela disseminação da COVID-19 tem tanto exposto a crise econômica que já se encontrava instalada em muitos países, quanto a fragilidade do sistema capitalista, onde esse, para contornar tal crise, se utiliza da intensificação da precarização da classe trabalhadora. Uma das facetas da precarização da vida da classe trabalhadora se mostra através da violência contra a mulher, violência essa que compreendemos ser produzida em diferentes escalas e materializada na escala do espaço privado doméstico. O período de isolamento social derivado da pandemia tem significado para muitas mulheres estar em isolamento junto ao seu agressor, o que tem culminado no aumento das taxas de agressões e feminicidios. Políticas públicas têm sido aplicadas na tentativa de mitigar os casos de violência contra as mulheres, alguns com potencial mais efetivo do que outros. Pontuando o caso brasileiro, além do aumento dos casos de violência contra a mulher, a diminuição da renda ou até mesmo extinção da mesma neste período escancara os verdadeiros interesses do atual desgoberno, interesses esses que não estão de acordo com as necessidades da classe trabalhadora. Nesse momento vemos então movimentos sociais assumindo a frente em ações que garantam o mínimo a sobrevivência daquelas/es que se encontram mais vulneráveis.

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Biografia do Autor

Editha Lisbet Julca Gonza, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp)

Doutoranda em geografia na Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Mestre em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Possui graduação em Ciencia Política e Sociologia com enfase em Estado, Sociedade e Política na América Latina, pela Universidade Federal de Integraçãi Latino-americana (UNILA). Possui curso de nivel técnico em Administração (IDAT, Peru).

Bibiana Conceição Rezende, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp)

Licenciada e bacharelada em Geografia pela instituição de ensino Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, campus de Ourinhos. Foi bolsista de Iniciação Científica da FAPESP nos anos 2016-2017, onde desenvolveu o projeto de pesquisa intitulado "OS ASPECTOS TERRITORIAIS E AS TERRITORIALIDADES DA CADEIA TÊXTIL NO PERÍODO DA GLOBALIZAÇÃO: UM ESTUDO DO BAIRRO PAULISTANO DA MOOCA", projeto esse que resultou em seu Trabalho de Conclusão de Curso. Atualmente é mestranda em Geografia na FCT - Unesp Presidente Prudente com a pesquisa "AS TRABALHADORAS DOMÉSTICAS DE PRESIDENTE PRUDENTE E SÃO PAULO-SP: A TERRITORIALIZAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO SINDICAL", fomentada pelo CNPq. É membro do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho. Compõe a Comissão Editoral da Revista Pegada e a Comissão Científica da Revista Terra Livre. Possui experiência na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia do Trabalho, gênero e sindicato.

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Publicado

2020-12-17

Como Citar

Julca Gonza, E. L., & Rezende, B. C. (2020). AS MÚLTIPLAS ESCALAS DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: A SITUAÇÃO DAS MULHERES NA AMÉRICA LATINA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19. Caderno Prudentino De Geografia, 4(42), 45–61. Recuperado de https://revista.fct.unesp.br./index.php/cpg/article/view/7876