A INFLUÊNCIA DA GEOGRAFIA NAS "VIAGENS EXTRAORDINÁRIAS" DE JÚLIO VERNE (1828 – 1905): A NATUREZA E A PAISAGEM EM ALEXANDER VON HUMBOLDT (1769 – 1859)
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v28i53.7659Resumo
Júlio Verne (1828 – 1905) foi um escritor francês que escreveu mais de 100 obras durante seus 77 anos de vida, suas histórias ficaram conhecidas como “viagens extraordinárias” e ganharam fama e prestigio pelo mundo. Verne apresentou ao mundo aventuras carregadas de conteúdo científico e geográfico percebido nas relações de seus personagens com a natureza e a sociedade. Considerando que no tempo em que Verne viveu a ciência e a geografia francesa alinhavam-se quase que exclusivamente aos anseios imperialistas da França e que este fato limitava o interpretar geográfico a um plano essencialmente descritivo e de localização cartográfica dos recursos naturais das colônias, entendemos que os escritos de cunho geográfico de Verne representam alguns dos primeiros indícios de uma superação. Assim, destacamos em nossa pesquisa que Verne se aproxima muito mais de uma geografia alemã de matriz humboldtiana a partir de uma leitura de paisagem que mesclava arte e ciência do que de uma geografia francesa colonialista. Nesse sentido, a partir da hermenêutica filosófica buscamos interpretar os escritos de Júlio Verne, aliando-se também a geosofia para estabelecer uma correlação entre Verne e a epistemologia da geografia.
Palavras-chave: Júlio Verne; Literatura; Geografia Moderna; Paisagem Geográfica.
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