A EXPERIÊNCIA DA AMÉRICA E O DECLÍNIO DO SABER GEOGRÁFICO MEDIEVAL
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v1i16.857Abstract
As informações geográficas na Idade Média pouco provinham da experiência. Havia uma forte tendência à intertextualidade na construção de informações acerca do mundo. Autores importantes como Isidoro de Sevilha e Jean de Mandeville, demonstraram um conhecimento geográfico construído mediante referências textuais. Além disso, destaca-se o caráter alegórico e simbólico resultante da ênfase religiosa em todas as esferas do saber. Contudo, a descoberta da América veio a trazer uma necessária revisão em várias das tradições e européias. No âmbito geográfico, o que fora escrito não mais explicava os novos conteúdos empíricos. Neste aspecto, os primeiros escritos sobre o “novo continente” revelam uma dificuldade em se desvincular dos erros da tradição textual – como apontam os diários de Colombo – e, também, uma rica e conflituosa construção de novos referenciais de interpretação – como aparece na obra do padre espanhol José de Acosta.
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