Revista Geografia em Atos, Presidente Prudente, v. 7, n. 1, e023008, 2023. e-ISSN: 1984-1647
DOI: https://doi.org/10.35416/2023.9066 1
CENTRALIDADE INTRAURBANA EM RIBEIRÃO PRETO – SP
CENTRALIDAD INTRAURBANA EN RIBEIRÃO PRETO – SP
NOTES ON THE INTRAURBAN CENTRALITY IN RIBEIRÃO PRETO – SP
Victor Hugo Quissi Cordeiro da SILVA1
e-mail: victor.quissi@unesp.br
Como referenciar este artigo:
SILVA, Victor Hugo Quissi Cordeiro da. Centralidade
intraurbana em Ribeirão Preto-SP. Revista Geografia em
Atos, Presidente Prudente, v. 7, n. 1, e023008. e-ISSN:
1984-1647. DOI: https://doi.org/10.35416/2023.9066
| Submetido em: 07/12/2021
| Revisões requeridas em: 25/11/2022
| Aprovado em: 07/02/2023
| Publicado em: 20/02/2023
Editoras:
Eda Maria Góes
Karina Malachias Domingos dos Santos
Roberta Oliveira da Fonseca
1 Universidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente PrudenteSPBrasil. Mestrando em Geografia. Bolsista
de Mestrado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – Processo: (2021/04735-1).
Centralidade intraurbana em Ribeirão Preto-SP
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RESUMO: Neste artigo analisamos a densidade e concentração de atividades comerciais e de serviços
em Ribeirão Preto – SP como indicador da centralidade intraurbana desta cidade. Demonstramos que a
cidade apresenta múltiplas áreas centrais ao longo da malha urbana, sem que com isso o centro principal
perca a capacidade de exercer importante papel na estruturação do espaço urbano. O par
desconcentração reconcentração é central para a compreensão deste tema, porque a partir dele
podemos interpretar as novas concentrações como parte de processos socioespaciais. O papel
desempenhado pelos shopping centers é destacado neste texto e, a partir dos resultados alcançados,
estabelecemos hipóteses sobre o papel desempenhado por essas grandes empreendimentos comerciais.
Em relação a centralidade urbana, ora os shopping centers reforçam a centralidade exercida pelo centro
principal, ora observamos a tendência de localização fora do centro principal, o que podemos inferir
como parte do processo de redefinição da centralidade urbana. Reservamos especial atenção aos
aspectos metodológicos desenvolvidos durante nossa pesquisa, sobretudo na formação do banco de
dados, construído a partir do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) e da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
PALAVRAS-CHAVE: Centro. Centralidade. Multicentralidade. Policentralidade. Ribeirão Preto.
RESUMEN: En este artículo analizamos la densidad y concentración de actividades comerciales y de
servicios en Ribeirão Preto SP como indicador de la centralidad intraurbana de esta ciudad.
Demostramos que la ciudad tiene múltiples áreas centrales a lo largo del tejido urbano, sin que el
centro principal pierda su capacidad de jugar un papel importante en la estructuración del espacio
urbano. El binomio desconcentración reconcentración es central para la comprensión de este tema,
pues a partir de él podemos interpretar las nuevas concentraciones como parte de procesos
socioespaciales. En este texto se destaca el papel que juegan los centros comerciales y, con base en los
resultados alcanzados, establecemos hipótesis sobre el papel que juegan estos grandes
emprendimientos comerciales. En cuanto a la centralidad urbana, en ocasiones los centros comerciales
refuerzan la centralidad que ejerce el centro principal, en ocasiones observamos una tendencia a
ubicarse fuera del centro principal, lo que podemos inferir como parte del proceso de redefinición de
la centralidad urbana. Reservamos especial atención a los aspectos metodológicos desarrollados
durante nuestra investigación, especialmente en la conformación de la base de datos, construida a
partir del Registro Nacional de Domicilios con Fines Estadísticos (CNEFE) y la Clasificación Nacional
de Actividades Económicas (CNAE).
PALABRAS CLAVE: Centro. Centralidad. Multicéntrico. Policentralidade. Ribeirão Preto.
ABSTRACT: In this article we analyze the density and concentration of commercial activities and
services in Ribeirão Preto – SP as an indicator of the intra-urban centrality of this city. We demonstrate
that the city has multiple central areas along the urban fabric, without the main center losing its ability
to play an important role in structuring the urban space. The pair deconcentration – reconcentration is
central to the understanding of this theme, because from it we can interpret the new concentrations as
part of socio-spatial processes. The role played by shopping centers is highlighted in this text and, based
on the results achieved, we established hypotheses about the role played by these large commercial
enterprises. Regarding urban centrality, sometimes shopping centers reinforce the centrality exercised
by the main center, sometimes we observe a tendency to be located outside the main center, which we
can infer as part of the process of redefining urban centrality. We reserve special attention to the
methodological aspects developed during our research, especially in the formation of the database, built
from the National Register of Addresses for Statistical Purposes (CNEFE) and the National
Classification of Economic Activities (CNAE).
KEYWORDS: Center. Centrality. Multicentricity. Polycentricity. Ribeirão Preto.
Victor Hugo Quissi Cordeiro da SILVA
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Introdução
Com base na revisão bibliográfica de textos que abordam a localização das atividades
comerciais e de serviços em cidades médias e da análise de dados e produção de mapas,
pudemos verificar as múltiplas áreas centrais de Ribeirão Preto SP. Nesta cidade o centro
consolidado ou principal é investido de grande capacidade de concentração de atividades
comerciais e de serviços, ou seja, é uma área central que exerce importante papel da estruturação
da cidade e dos deslocamentos intraurbanos (de pessoas, mercadorias e etc.). No entanto, novas
áreas centrais estão presentes em Ribeirão Preto, contribuindo para formação de uma estrutura
multinucleada. Este processo, por sua vez, tem se dirigido sobretudo ao setor sul da cidade,
onde podemos observar novas concentrações das atividades terciárias.
Tomamos como referência o texto de Sposito e Sposito (2017) para introduzir a
discussão sobre as estratégias e as lógicas econômicas e espaciais que se articulam na dinâmica
das áreas centrais, conformando diferentes centralidades urbanas. As lógicas econômicas
tornam-se espaciais porque são praticadas pelas empresas na sua procura por adequação ao
espaço urbano e aumento da performance econômica pois, com o objetivo de “diminuir custos
e ampliar as bases territoriais de ação” (SPOSITO; SPOSITO, 2017, p. 468), elas buscam o
crescimento de sua participação no mercado, mesmo que a escolha da localização não seja a
mesma para diferentes empresas e para diferentes ramos de atividade, embora as decisões
sejam, necessariamente, condicionadas por essas lógicas.
A decisão pela localização dos pontos de vendas das empresas (principalmente das redes
de empresas) seja pelo recorte da escala nacional ou regional ou, mesmo, considerando o espaço
urbano, obedece a uma lógica que visa à apropriação desses espaços com três objetivos básicos:
1) a garantia do lucro; 2) a busca de hegemonia setorial; e 3) a necessidade de procurar, sempre,
diferentes possibilidades de compra, incorporação ou objetivando o enfraquecimento das outras
empresas ou redes, tal como expressaram Sposito e Sposito (2017). Por essas estratégias, as
tendências à concentração ou centralização econômica, por um lado e, por outro, os movimentos
de concentração ou desconcentração espacial resumem as principais características das lógicas
econômicas. No caso de Ribeirão Preto, essas lógicas, próprias da economia capitalista,
condicionam os critérios que as empresas utilizam para a escolha dos locais para a instalação
de seus estabelecimentos comerciais. Como veremos mais adiante, as escolhas de localização
implicam diretamente na requalificação do centro principal da cidade e na formação de outros
centros, não necessariamente de forma hierárquica, que configuram novas centralidades na
cidade.
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Em relação aos procedimentos metodológicos adotados, trabalhamos para a construção
de um banco de dados a partir do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos
(CNEFE) e da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). O passo
subsequente foi a produção de mapas que representassem a distribuição espacial dos
estabelecimentos comerciais e de serviços identificados na base de dados. Portanto, é na
combinação geográfica entre as bases teóricas de lógicas inerentes ao sistema capitalista e suas
manifestações empíricas que procuramos analisar as dinâmicas das centralidades em Ribeirão
Preto – SP.
Construção da base dados para o mapeamento das atividades comerciais e de serviços
Para a elaboração da base empírica do estudo, utilizamos dois procedimentos
metodológicos: a formação de um banco de dados das atividades comerciais e de serviços, e a
produção de mapas que expressam as concentrações de atividades econômicas estudadas, ou
seja, comércio e serviços. O banco de dados foi construído a partir do Cadastro Nacional de
Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), tal banco de dados é produzido pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto com os censos demográficos.
Os resultados que serão apresentados expressam a dimensão espacial das atividades
comerciais e de serviços em Ribeirão Preto para o ano de 2010. Entendemos que a disparidade
temporal nos dados não impossibilita o desenvolvimento de análises socioespaciais sobre o
tema porque o cotejamento da informação geográfica com o que ocorre na cidade por meio de
trabalho de campo confirma que, nos últimos anos, em termos de localização, as mudanças não
foram significativas. Pretendemos demonstrar que o uso do CNEFE em estudos que versem
sobre estudo dos centros e da centralidade intraurbana podem resultar em potencial de análises
mais detalhadas e minuciosas, como já foi demonstrado em estudos de Miyazaki (2013), Porto-
Sales (2014), Ruano (2015), Carli (2015), Battistam (2015), Porto-Sales at. al. (2013).
No CNEFE encontramos algumas informações fundamentais sobre os endereços
cadastrados e destacamos os seguintes: Tipo de Logradouro; Título do Logradouro; Nome do
Logradouro; Bairro e Número do Lote. Com essas informações podemos realizar análises
espaciais a partir das técnicas de geoprocessamento, mapeando a distribuição dos endereços a
partir dos objetivos da pesquisa e das intenções do pesquisador. Destacamos, também, que essa
base de dados é produzida no âmbito nacional e, por essa razão, podemos comparar os
resultados obtidos em diferentes cidades do Brasil. O CNEFE traça uma primeira classificação
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dos endereços catalogados, separados em sete variáveis (numeradas de 1 a 7), como
apresentamos no Quadro 1.
Quadro 1 – Variáveis do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE)
Variáveis do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE)
1
2
3
4
5
6
7
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da
Silva
Como podemos perceber a partir da análise do Quadro 1, os níveis de agregação dos
endereços catalogados pelo CNEFE permanecem numa dimensão muito genérica no que se
refere à descrição das atividades econômicas, sobretudo das atividades comerciais e de serviços,
foco do nosso estudo. Sendo assim, buscamos construir nossa própria base de dados tomando,
como referência, os endereços identificados pelo CNEFE. Construímos, no programa Excel,
uma tabela com todos os endereços encontrados e, em seguida, separamos as variáveis que mais
interessam: 4 (Estabelecimentos de Ensino), 5 (Estabelecimentos de Saúde) e 6
(Estabelecimentos de Outras Finalidades). Estas são as variáveis mais importantes para
identificar a localização das atividades comerciais e de serviços no CNEFE.
Após a primeira etapa buscamos classificar os endereços a partir da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Esta classificação, que também é organizada pelo
IBGE, organiza as atividades econômicas em níveis hierárquicos, partindo de uma descrição
mais ampla até chegar numa definição mais específica. As atividades são descritas a partir das
seguintes posições: seções, divisões, grupos, classes e subclasses, respectivamente, partindo do
mais genérico ao mais específico. No quadro 2 há uma descrição de sua estrutura.
Quadro 2 – Composição da Classificação Nacional de Atividades Econômicas
Posições
Quantidade
Codificação
Seções
21
(letras maiúsculas de “A” a “U”)
Divisões
87
(letras maiúsculas de “A” a “U”)
Grupos
285
(até o terceiro dígito numérico)
Classes
673
(até o quarto dígito numérico + um dígito verificador)
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Subclasses
1.318
(+ mais dois dígitos numéricos após o dígito verificador)
Fonte: Subcomissão Técnica para a CNAE. Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Tomamos como opção metodológicas classificar os endereços do CNEFE até o terceiro
nível da CNAE, ou seja, a até a posição de Grupo. Para que o leitor compreenda melhor a
classificação empreendida pela CNAE, inserimos o Quadro 3 com a descrição de seu primeiro
nível (Sessão), com o qual realizamos nossas análises sobre a centralidade intraurbana em
Ribeirão Preto.
Quadro 3 – Descrição das atividades por seção segundo a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE)
SEÇÃO
DESCRIÇÃO CNAE
A
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
B
Indústria extrativa
C
Indústria de transformação
D
Eletricidade e gás
E
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
F
Construção
G
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
H
Transporte, armazenagem e correio
I
Alojamento e alimentação
J
Informação e comunicação
K
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
L
Atividades imobiliárias
M
Atividades profissionais, científicas e técnicas
N
Atividades administrativas e serviços complementares
O
Administração pública, defesa e seguridade social
P
Educação
Q
Saúde humana e serviços sociais
R
Artes, cultura, esporte e recreação
S
Outras atividades de serviços
T
Serviços domésticos
U
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da
Silva
A partir da planilha do Excel com os endereços do CNEFE demos início à classificação
das variáveis 4, 5 e 6, tomando como critério classificatório a estrutura da CNAE. Dessa forma,
identificamos a posição de cada um dos endereços dentro da estrutura da CNAE formando nossa
própria base de dados. Gostaríamos de salientar o nível de detalhamento alcançado que esta
metodologia permite, pois conseguimos classificar grande parte (não a totalidade) dos
endereços do CNEFE, o que legitima e garante credibilidade dos resultados.
Victor Hugo Quissi Cordeiro da SILVA
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A centralidade intraurbana em Ribeirão Preto – SP
Ribeirão Preto é uma cidade média localizada à aproximadamente 348 km da capital do
estado de São Paulo. A população estimada no último censo demográfico (2010) foi de 604.682
habitantes e, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no
ano de 2021 a cidade teria chegado a marca de 720.116 habitantes. De acordo com a última
publicação da Regiões de Influência das Cidades (REGIC, 2018), Ribeirão Preto aparece como
um arranjo populacional que influencia 81 municípios e ocupa a posição de Capital Regional
A, dentro da hierarquia de cidades.
Quadro 4. Evolução populacional em Ribeirão Preto – SP
ANO
POPULAÇÃO
1940
80.591
1950
92.160
1960
111.429
1970
212.879
1980
316.918
1990
422.386
2000
504.162
2010
604.682
2021*
720.116
*Estimativa do IBGE
Fonte: IBGE. Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Como podemos perceber a partir do Quadro 4, Ribeirão Preto teve grande avanço
populacional a partir da década de 1960, tendência que se manteve estável nas décadas
seguintes e, com as estimativas do IBGE, manteve-se com crescimento acelerado acrescentando
em seu contingente populacional aproximadamente 100.000 habitantes por década. Estas
informações podem indicar uma cidade que possui um grande dinamismo econômico e que, por
isso, sustenta um crescente número de habitantes.
A partir dos estudos de Ruano (2015) e Carli (2019), podemos identificar quatro
períodos de crescimento do centro de Ribeirão Preto. De início destacamos que o povoamento
intensivo do município ocorrerá com a expansão da produção de café no Estado de São Paulo
e a criação da Estrada de Ferro Mogiana. Ribeirão Preto chegou a ocupar as principais posições
na produção de café no país e, com a ferrovia, estava conectada ao principal ponto de exportação
do estado, o porto de Santos, como pode ser observado na Figura 1.
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Figura 1 – Estradas de Ferro no Estado de São Paulo
Fonte: Site Portal do Professor2
A transferência da estação ferroviária para as proximidades da Praça XV de Novembro
marca o primeiro momento do centro de Ribeirão Preto. Esta mudança condições para que
o entorno da praça e da estação se constituam como área com grande acessibilidade, condição
essencial para a instalação de atividades comerciais e de serviços.
O segundo período terá, como característica, a expansão do centro e a sua popularização.
Com a crise internacional de 1929, levas de trabalhadores rurais migraram para a cidade,
buscando oportunidades de trabalho. Paralelamente, as classes de alta renda que até então
residiam no centro da cidade se deslocara para outras áreas, abandonando casarões que serão
ocupados por atividades comerciais e de serviços. Grandes obras também contribuem para
transformar o centro da cidade nesse período, como o Quarteirão Paulista e o Edifício
Diederichsen. Porém, como afirma Carli (2019, p. 116),
[...] a intervenção de maior destaque consistiu na implantação das avenidas
Nove de Julho, Independência e Francisco Junqueira e no alongamento da
Avenida Jerônimo Gonçalves que, juntas, delimitavam a área de localização
do centro da cidade (FIGUEIRA, 2013, p. 105). Nesse contexto, Calil Jr.
(2003, p. 92) salienta que as avenidas citadas constituem amplas vias, que são
responsáveis pela distribuição do tráfego de veículos na cidade.
2 Disponível em: https://portaldoprofessor.fct.unesp.br:9000/topico/formacao-socioespacial/.
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O terceiro período de expansão do centro está situado entre as décadas de 1940 e 1960.
Apesar do pequeno crescimento territorial, este momento foi caracterizado por maior
diferenciação funcional das atividades do centro, com pequena expansão territorial. De acordo
com Carli (2019), o entorno da Praça XV de Novembro é direcionado às elites e o entorno da
Estação Mogiana às classes populares, ao comércio atacadista e a atividades industriais.
O último período, também destacado por Calil Junior (2003), corresponde às décadas
de 1960 a 1980. Este momento é marcado por uma nova popularização do centro, sobretudo
devido ao abandono da área pela população de alta renda para as atividades de consumo que,
por sua vez, vai acessar os novos eixos comerciais destinados ao comércio de luxo. Sendo
assim, as lojas e serviços do centro voltam-se às camadas populares como se mostrava no
período anterior. As mudanças no uso do solo marcaram as transformações no centro de
Ribeirão Preto, passando do predomínio do uso residencial para o uso comercial, confirmando
que a expansão foi acompanhada de uma setorização do centro principal.
Após o intervalo anteriormente descrito, Carli (2019) destaca a continuidade do
processo de popularização do centro. A cidade ganha, a partir dos anos 1980, shopping centers
na zona sul e, nos anos 1990, também no centro da cidade. Porém, podemos observar a
formação de ruas especializadas no comércio popular e no de alta renda dentro do próprio
centro, conformando processos de diferenciação socioespacial. As vias que formam os setores
de alta renda são as avenidas Nove de Julho, Independência, Presidente Vargas, 13 de maio e
Castelo Branco, e os setores de média e baixa renda são conformados pelas avenidas da
Saudade, Brasil, Costa e Silva, Dom Pedro I, do Café e Bandeirantes (CARLI, 2019, p. 127-
128).
Após esta breve contextualização da cidade e, mais especialmente, do centro de Ribeirão
Preto, podemos adentrar nas análises dos resultados obtidos por meio dos procedimentos
metodológicos adotados e apresentados anteriormente. Em primeiro lugar exibimos, na Tabela
1, informações importantes: quantos endereços foram identificados no CNEFE para as variáveis
4, 5 e 6; a quantidade de endereços classificados e não classificados; e a porcentagem de
classificação. Conseguimos um percentual de 92% dos endereços classificados, total que
consideramos bastante satisfatório.
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Tabela 1 – Total de endereços CNEFE: classificados, não classificados e o percentual de
classificação obtido
Cidade
Total de
endereços
CNEFE
Total de
endereços
CNEFE
classificados
Total de endereços
CNEFE não
classificados
% de
classificação
Ribeirão Preto
34.161
31.388
2.773
92%
Fonte: IBGE. Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Na Figura 2 mostramos a distribuição dos endereços CNEFE por nível sessão da CNAE.
A partir da análise do gráfico podemos observar que as sessões que se destacam são: G
(Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas), S (Outras atividades de
serviços), I (Alojamento de alimentação) e H (Transporte, armazenagem e correio),
respectivamente em ordem decrescente de importância.
Figura 2 – Ribeirão Preto – Distribuição dos endereços CNEFE segundo a CNAE (nível
sessão)
Fonte: IBGE. Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Buscamos no site da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto o zoneamento urbano
aprovado, no qual consta a delimitação das áreas comerciais e de serviços, denominadas
Quadrilátero Central e Áreas Especiais do Boulevard, ambas representadas no Mapa 1. As duas
áreas são contíguas, levando-nos a considerar que a segunda é um desdobramento da primeira,
ou seja, as áreas do Boulevard como parte da expansão do Quadrilátero central. No Mapa 2
vemos a representação cartográfica da classificação CNEFE, referente ao nível sessão da
CNAE.
139 0
1.551
18 81 146
11792
2488
3695
131 345 57413751850
152 9431616
381
4108
12
2773
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
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Como primeira observação apreendemos uma semelhança entre a concentração de
estabelecimentos comerciais e de serviços e as duas áreas destacadas no Mapa 1, comprovada
pela localização da principal mancha em vermelho nas áreas do Quadrilátero Central e nas
Áreas especiais do Boulevard. Entretanto, o atributo da concentração não é mais exclusividade
do centro principal da cidade porque também outras áreas se destacam como concentradoras de
atividades comerciais e de serviços, revelando a tendência à multiplicação de áreas centrais.
Mapa 1 – Localização do centro de Ribeirão Preto
Fonte: IBGE; Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
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Mapa 2 – Nível de concentração comercial e de serviços em Ribeirão Preto – SP
Fonte: IBGE/CNEFE (2010). Projeto cartográfico: Késia A. A. Silva e Vanessa Lacerda. Organização
dos dados: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Ao abordar o tema do centro e da centralidade urbana partimos da definição dada por
Sposito (2013, p. 73) que escreve: “A centralidade (...) não é um lugar, ou uma área da cidade,
mas, sim, a condição e expressão de central que uma área exerce ou representa.” A referida
autora ao tratar do tema nos lembra de que esses conceitos devem ser compreendidos como
interdependentes, ou seja, não há centralidade sem que exista um centro e não existe centro que
não exerça determinado nível de centralidade. Em relação a definição do que são áreas centrais
também ficamos com Sposito (2013, p. 73) que completa sua argumentação dizendo: “As áreas
centrais são, assim, espaços que ancoram a constituição de centralidades, mas não são a mesma
coisa que elas.” Destacamos que as afirmações da autora são discutidas também por outros
pesquisadores, tais como Corrêa (2002) e Whitacker (2017a, 2017b), que abordam as
interrelações entre centro e centralidade.
A partir de Sposito (2010), podemos afirmar que as áreas centrais possuem como uma
de suas características o papel de ponto de integração geográfica e social. Esta afirmação pode
ser constatada através dos fluxos que conectam a cidade a redes mais amplas, constituindo redes
de cidades e, ao mesmo tempo, pela integração de diferentes espaços da cidade, no que
denominamos neste texto como centralidade intraurbana. Dessa forma, afirma-se no território
uma gestão em múltiplas escalas (SPOSITO, 1998), que passam pelas estratégias econômicas
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e espaciais de diferentes grupos econômicos. Neste texto concentramos nossa análise nos
processos socioespaciais intraurbanos, ainda que não possamos negligenciar as diferentes
escalas que o fenômeno pode assumir.
Entre os processos socioespaciais que podemos identificar a partir da análise dos
resultados é a desconcentração das atividades comerciais e de serviços. A forma espacial
comumente denominada como centro da cidade ou centro principal é a expressão do processo
de concentração espacial dessas atividades, porém, não é mais a única área que apresenta essa
característica. O centro da cidade não exerce exclusivamente os atributos da centralidade
urbana, quais sejam, a capacidade de atração e fluxo de pessoas e mercadorias. Portanto, novas
formas espaciais expressam a relocalização das atividades econômicas na cidade, associadas
com a formação de novas concentrações (SPOSITO, 2001). Deste modo, subcentros podem ser
interpretados enquanto aglomerações diversificadas de comércios e serviços e localizadas fora
do centro consolidado. Como apresentado por Villaça (2001), as novas concentrações buscam
áreas que possuam o atributo da acessibilidade, entretanto, esta diz respeito a apenas uma parte
da cidade e não à cidade como um todo, como ocorre com o centro principal.
Duas dinâmicas econômica-territorial contribuem para a compreensão do processo de
redefinição da centralidade urbana em Ribeirão Preto. As atividades comerciais e de serviços
desenvolvem no espaço da cidade uma desconcentração e uma reconcentração, pois novas áreas
centrais são constituídas. Sendo assim, podemos identificar dois elementos fundamentais deste
processo, a seletividade e a diferenciação. As áreas atingidas pela reconcentração são
seletivamente escolhidas e respondem a uma dada intencionalidade dos agentes econômicos,
por outro lado, a formação dessas áreas também responde a produção e aprofundamento das
diferenças entre os espaços da cidade. De acordo com Sposito (2001), essas dinâmicas ocorrem
por meio da iniciativa de duas ordens, que se dão simultaneamente. As iniciativas referem-se
ao “surgimento de novas atividades e estabelecimentos comerciais e de serviços fora do centro
principal” que se combinam com a “relocalização, em novos centros, de atividades e
estabelecimentos que antes estavam restritos ao centro principal” (SPOSITO, 2001, p. 236).
Devemos acrescentar ao debate a percepção de que a desconcentração das atividades
comerciais e de serviços não ocorre de maneira anárquica no tecido urbano porque,
paralelamente, a formação de novas concentrações, fora do centro principal. Portanto,
podemos caracterizar a nova estrutura urbana, no que se refere à centralidade intraurbana, como
múltipla e polinucleada. Ao fazer referência a essas expressões estamos nos remetendo à
definição formulada em Sposito (2010, p. 205), ao afirmar que “se constatamos a existência de
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mais de um centro, temos uma multicentralidade. Se constatamos diferentes níveis de
especialização e importância entre esses centros, estamos em face de uma policentralidade.O
aumento do número de áreas centrais é a superação da estrutura monocêntrica, autorizando a
afirmação da centralidade intraurbana enquanto múltipla. Por outro lado, no que se refere sua
policentralidade, devemos notar uma mudança qualitativa em relação aos usos e frequentação
dos espaços de consumo e lazer.
Em Ribeirão Preto, a partir dos resultados obtidos, podemos afirmar que os shopping
centers cumprem um papel fundamental na redefinição da divisão social e econômica do
espaço, alterando os fluxos e as relações entre o centro e a(s) periferia(s), como também foi
observado em Pereira (2017). Em relação ao processo de redefinição da centralidade urbana
cabe destacar a combinação entre continuidades e descontinuidades no processo de produção
do espaço urbano, ou seja, a multiplicação de áreas centrais não exclui dinâmicas preexistentes
que conformavam a cidade em tempos passados. A instalação do novo não exclui
necessariamente o velho, configurando o espaço urbano como um “mosaico complexo”
(SPOSITO; GÓES, 2013, p. 46). As marcas deixadas por tempos pretéritos podem ser
visualizadas na paisagem urbana e formam uma configuração que podemos denominar como
poligenética, tal como descreveram Whitacker e Miyazaki (2012).
Em Garrefa (2010) encontramos uma importante discussão sobre os shopping centers
em Ribeirão Preto, incluindo o levantamento de fatores que contribuem para a localização
desses empreendimentos. Segundo o autor, o modelo de organização e financiamento dos
shopping centers implica numa maior racionalidade em relação ao processo de escolha das
localizações, quando comparamos com o comércio de base familiar.
O shopping center como um produto imobiliário é um equipamento fundado
na terra, dependente de uma localização favorável. Dessa forma, um dos
aspectos mais importantes era o estar em algum lugar onde a combinação entre
o maior fluxo com a maior renda fosse favorável (GARREFA, 2010, n. p.).
O privilégio dado aos fluxos se revela na busca por um mercado consumidor mais
amplo, ou seja, na atração de consumidores das cidades polarizadas por Ribeirão Preto. Esta
avaliação corrobora o interesse dos shopping centers por localizações que dão acesso a essas
cidades, em geral em anéis rodoviários. Paralelamente, como também afirma Pereira (2017),
essas estruturas são pensadas para clientes que utilizam o modal automotivo. No quadro 5
abaixo apresentamos os shopping centers de Ribeirão Preto e informações sobre o ano de
inauguração e a localização relativa desses empreendimentos.
Victor Hugo Quissi Cordeiro da SILVA
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Quadro 5 – Shopping centers em Ribeirão Preto
Nome
Ano de inauguração
Localização
Ribeirão Shopping
1981
Periférica
Santa Úrsula
1999
Central
Novo Shopping
1999
Periférica
Shopping Iguatemi
2013
Periférica
Fonte: Pereira (2017). Org.: Victor Hugo Quissi Cordeiro da Silva
Em relação ao “clico de vida” dos shopping centers (GARREFA, 2010) é possível
afirmar que ele não se encerrou na cidade de Ribeirão Preto. Tendo início nos anos 1980, ainda
permanece como um importante espaço de consumo, inclusive com novos lançamentos em
décadas posteriores. Em relação as estratégias locacionais e a centralidade urbana, percebemos
ora o reforço da centralidade exercida pelo centro principal, ora a formação de novas
centralidades, principalmente no setor sul da cidade. A localização do Shopping Santa Úrsula,
no centro principal, ao mesmo tempo em que revela a força de atração que esta área exerce,
reforça a sua centralidade. Por outro lado, Novo Shopping Center Ribeirão Preto, Ribeirão
Shopping e Shopping Iguatemi são exemplos de formação de novas centralidades, redefinindo
a estrutura urbana da cidade da mesma forma que ocorre em outras cidades médias brasileiras,
como demonstraram Sposito e Lozano (2020), alterando os conteúdos do que é central, do que
é periférico e da relação entre ambos.
Conclusões
A redefinição da centralidade intraurbana e formação de múltiplas áreas centrais são
tendências que podem ser observadas em cidades médias brasileiras, como apresentamos em
Ribeirão Preto. Apesar das leis de zoneamento urbano dos municípios definirem os limites das
áreas comerciais e de serviços como sendo aquelas que, em tese, possuem maior número desses
equipamentos, percebemos que na cidade em estudo ela não é exclusiva, pois outras
concentrações foram identificadas.
Como observado no Mapa 2 deste texto, o centro principal possui a maior mancha de
concentração de atividades do comércio e serviços, principalmente no chamado Quadrilátero
Central e nas Áreas especiais dos Boulevards. Porém, outras áreas da cidade também
apresentam concentrações de grande intensidade, revelando a tendência à desconcentração e
reconcentração dessas atividades. Entre os agentes que vêm transformando a centralidade
intraurbana os shopping centers se destacam devido à correlação entre as novas áreas centrais
e a implantação desses empreendimentos. Entretanto, como também pode ser observado em
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Pereira (2017), ao mesmo tempo em que esses grandes equipamentos marcam o reforço da
centralidade do centro principal, eles também contribuem para a formação de uma centralidade
múltipla.
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