Leitura & Literatura em Revista

Apresentação

Renata Junqueira de Souza — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Apresentação de 2021

Lista de Pareceristas

Renata Junqueira de Souza — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Lista de pareceristas ad hoc de 2021

Expediente

Renata Junqueira de Souza — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Expediente de 2021

Normas

Renata Junqueira de Souza — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Normas dos artigos de 2021

PERCURSO DE LEITURA DE GRADUANDAS EM LETRAS

Camila de Cesero, Flávia Brocchetto Ramos — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Este artigo pretende discutir em que medida a leitura está presente, desde da infância até a fase adulta, nas vivencias de mulheres graduadas em Letras-Português. Para tanto, foram realizadas breves entrevistas, baseadas em um roteiro pré-estabelecido, divididos em sessões intituladas como: introdução, lembranças da infância e adolescência, as relações com a leitura e leitura em tempos atuais, para verificarmos a inferência da literatura na formação das entrevistadas e, para a análise dos resultados, utilizou-se teóricos, como Bruno Bettelheim (2005), Diana e Mário Corso (2005), Antônio Candido (2000) e Zilberman (2009).

Concursos literários oficiais no Brasil e em Portugal e a educação literária

Joana d'Arc Batista Herkenhoff, Fernando José Fraga de Avezedo — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Este artigo objetiva analisar as propostas dos concursos literários oficiais voltados para alunos da educação básica “Olimpíada de Língua Portuguesa” do Brasil e “Concurso Inês de Castro” e “Faça lá uma poema” de Portugal. Busca identificar a sua relação com as Metas Curriculares Nacionais, no caso português e os Parâmetros Curriculares Nacionais, no Brasil. Toma como corpus, os regulamentos dos concursos, propondo uma reflexão sobre seus critérios, sua construção discursiva e as concepções teóricas que os fundamentam. Ampara-se em estudos sobre escrita literária de Tauveron (2014), Dalla-Bona (2013) e constata, preliminarmente, que os concursos analisados estão articulados aos documentos oficiais nacionais, constituindo-se estratégias para a promoção da leitura e da escrita, com potencial de contribuir para a educação literária dos alunos da educação básica.

Composição temática e estética nos livros de imagens e de histórias em quadrinhos do PNLD (2018)

Maria Iviny Araújo Silva, Márcia Tavares — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

No percurso histórico de construção do cânone e de discussão sobre a formação do leitor, desde o fim da década de 1970, a literatura infantil e juvenil brasileira passou por um enorme desenvolvimento para adequar-se às características de um público em constante mudança. Nosso objetivo é estudar a constituição temática em contraste com a elaboração estética textual e plástica no acervo do Programa Nacional de Livro Didático Literário (PNLD 2018). Uma vez que, se é comum encontrarmos a fantasia e a imaginação identificando o texto literário destinado ao público infantil e juvenil em que medida esse não é um dado limitador de categorização presente nos acervos para bibliotecas escolares? Nossa pesquisa se caracteriza como de natureza descritivo-interpretativa e utilizará fundamentação pautada em Nikolajeva e Scott (2011), Linden (2011), Araújo e Oliveira (2012), Vergueiro e Santos (2015) e Barbieri (2017) sobre leitura de imagens e história em quadrinhos. Sobre a constituição estética da literatura assumiremos os pressupostos metodológicos de análise do texto a partir de Hunt (2010). Para analisar as relações entre imagem e texto e sobre alfabetismo visual Dondis (2009) e Goés (2003). Quanto ao corpus delimitaremos do PNLD (2018), especificamente, a categoria de livros de imagens e histórias em quadrinhos que abarca a produção do fim da primeira década do século XXI. Nos resultados constatamos que o acervo estudado apresenta potencial para a habilitação de leitura visual e explora temas transversais, históricos e de representação da realidade em detrimento da temática da fantasia.

Os leitores diante da representação da morte na literatura: uma abordagem em sala de aula

Jhennefer Alves Macêdo, Jaine de Sousa Barbosa, Daniela Maria Segabinazi — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Muito embora o acervo mundial da literatura infantil e juvenil nos mostre que assuntos hoje considerados sensíveis, a exemplo da morte, outrora já foram transmitidos sem ressalvas para o público leitor, sem que fosse feita qualquer distinção entre as faixas etárias, atualmente, ainda é possível encontrar alguns entraves no que diz respeito à abordagem que deve ser feita em sala de aula no tocante a esses textos. Todavia, sabendo que a morte faz parte, quase que corriqueiramente, do cotidiano de crianças e adolescentes, cada vez mais a literatura contemporânea, com uma considerável qualidade estético-literária, abarca temas tradicionalmente considerados tabus, tornando-se um importante instrumento que auxilia os leitores em formação a lidarem com diversas situações conflitivas, dentre elas a morte. Sabendo disso, objetivamos neste trabalho analisar como a obra Começo, meio e fim, de Frei Betto (2014), aborda o tema da morte, enfatizando como são construídas as representações acerca do tema no universo do texto, e, na sequência, apresentar uma proposta de intervenção a ser realizada em turmas do 7º ano do Ensino Fundamental II, a fim de perceber como os leitores atribuem significado ao texto literário a partir das suas próprias vivências. Para fundamentarmos essa discussão, usamos como referências Souza (et al. 2010), Solé (1998), Zambeli (2014) e Paiva (2001). Como resultados, esperamos poder não apenas apresentar uma narrativa que trata da temática da morte, mas, principalmente, compreender o que os próprios alunos pensam a respeito do tema e de suas variadas abordagens na literatura e como eles podem aprofundar esse conhecimento dentro do ambiente escolar.

Contar e dizer na primeiríssima infância: diferenças e benefícios

Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

A prática da linguagem estabelece a condição mais significativa para o desenvolvimento das estruturas psicológicas superiores, principalmente, nos bebês e nas crianças pequenas de até 3 anos (VIGOTSKI, 2007), logo, precisam vivenciar experiências de narração de histórias, pois iniciativas como compartilhar livros, “ler em voz alta” e contar narrativas, além de serem humanizadoras, proporcionam intimidade com a literatura e formam atitudes leitoras nas crianças. Assim, a partir de pesquisas realizadas em uma Bebeteca de Presidente Prudente/SP, este texto propõe-se a discutir as diferenças e os benefícios entre os atos de “ler em voz alta”/dizer e contar histórias para crianças na primeiríssima infância. Para tanto, o artigo busca embasamento em Bajard (2014), Faria e Vita (2014), Reyes (2010 e 2012), Matos e Sorsy (2013). Os dados revelam que a leitura partilhada, entre adulto e bebê ou criança com até 3 anos, atrai os pequenos para o livro, promove habilidades de concentração e de escuta do outro, aos bem pequenininhos demonstra como se deve segurar um livro, a forma de folheá-lo e a direção que o olho costuma seguir, além de mostrar que a linguagem utilizada no livro é distinta daquela usada corriqueiramente; enquanto os momentos de contar histórias favorece a disposição dos pequenos comunicarem seus sentimentos e pensamentos, incentiva sua participação na sessão de narração, aumenta a imaginação, além de tantos outros benefícios. Os estudos de campo, com cunho etnográfico, evidenciam a necessidade de adultos contarem histórias, mas também dizerem os textos dos livros e assegurarem que estes estejam disponíveis aos pequenos, o que pode ser realizado de diversas maneiras, em diferentes lugares e em grupos grandes, pequenos ou individualmente.

A arte de ouvir e contar histórias: vivências no CELLIJ

Isabela Delli Colli Zocolaro, Gabrielly Doná, Juliane Francischeti Martins — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

As histórias mantiveram os homens vivos e auxiliaram no desenvolvimento e progresso do mundo que conhecemos hoje. Por meio das narrativas orais, tão comuns desde o início da humanidade, forampassados valores, costumes e conhecimentos, essa ancestralidade, faz da contação de histórias uma arte valorosa. Este textotraz uma reflexão sobre a prática de contação de histórias e como ela surgiu, além de,apresentaruma síntese dos trabalhos de Contação de Histórias realizados pelo grupo Hora do Conto, do Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil “Maria Betty Coelho Silva” (CELLIJ), da FCT Unesp, campus de Presidente Prudente. Este trabalho ocorre desde 1995,com a finalidade de proporcionar para as crianças do município e região um momento de escuta dessa prática milenar. Para as análises, utilizamos estudos de alguns pesquisadores que se debruçam sobre a arte de contar histórias como: como Silva (2014), Busatto (2003), Sisto e Motoyama (2016).Em síntese, a partir das práticas vivenciadas no CELLIJ, constatou-se um movimento de aproximação das crianças com a literatura e com o objeto livro, demonstrando que atividades como essas podem despertar o anseio de pegar um livro, levá-lo para casa e lê-lo. Esse resultado, nos mostra ser viável replicar práticas de contação de histórias nas bibliotecas escolares para estimular a formação do leitor.

Família tradicional ou contemporânea: a recepção da obra Drufs em sala de aula

Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

O objetivo deste texto é discutir o conceito de família por meio da recepção da obra literária Drufs, de Eva Furnari (2018) por uma turma de 4º ano do ensino Fundamental de uma escola pública de Primavera do Leste – MT. Assume-se que a literatura infantil pode contribuir para a compreensão das vivências e experiências das crianças, uma vez que as histórias possibilitam refletir sobre a vida, sobre o mundo e a sociedade em que estão inseridas. A partir disso, questiona-se: É possível apresentar aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental textos que tematizem o conceito de família na contemporaneidade? Existe uma estrutura familiar (in) adequada para um diálogo com as crianças? Os autores que embasam o trabalho são Souza (2019), Bajard (2021) e outros. A partir do desenvolvimento da prática da leitura, pode-se afirmar que o livro selecionado traz a ressignificação para as diferentes possibilidades em que o termo família é concebido na atualidade e, na relação criança — livro houve uma naturalização e interação com o texto, tanto no aspecto visual como verbal.

(Trans) Formando leitores literários: reflexões para um estudo de caso de uma rede municipal de ensino da região dos inconfidentes

Rosângela Márcia Magalhães, Hércules Tolêdo Corrêa — Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

A leitura de textos literários contribui na formação do leitor criativo e autônomo, visto que os horizontes propostos pela literatura são ilimitados e suas interpretações, dada a natureza plurissignficativa dos textos literários, infinitas. O letramento literário, segundo Paulino e Cosson (2009), é um processo de apropriação da literatura enquanto construção literária de sentidos. Dessa forma, a literatura preenche um lugar único no que diz respeito à linguagem, já que “a literatura tem o poder de se metamorfosear em todas as formas discursivas [possíveis]. E isso se dá porque a literatura é uma experiência a ser realizada” (COSSON, 2012), proporcionando, a partir dos textos literários, um modo privilegiado de inserção no mundo da leitura e da escrita. Para que o letramento, sob o ponto de vista social revolucionário, destacado por Soares (2003), seja de fato desenvolvido, a escola deve proporcionar o contato dos alunos com diferentes textos literários e, principalmente, se preocupar com a forma como essa leitura está sendo incentivada pelos professores e realizada pelos alunos. Este artigo apresenta algumas reflexões a partir de uma pesquisa de Doutorado em desenvolvimento doPrograma de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Ouro Preto, que tem como objetivo geral identificar e analisar os métodos, os modos de ler literatura infantil que levam os alunos aos sentidos das obras nos primeiros anos do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino da cidade de Itabirito, em Minas Gerais. Os referenciais teóricos são os estudos sobre letramentos, fundamentados e desenvolvidos por pesquisadores da área, e as investigações consecutivas ao desenvolvimento das diferentes formas de letramento, como o conceito de letramento literário. Acreditamos que com esta pesquisa entenderemos melhor o processo de escolarização da literatura e apontaremos algumas alternativas para que a literatura seja trabalhada na escola como arte, como proposta estética.

A leitura diária como prática de leitura literária na turma do primeiro ano do colégio de aplicação da UFPR

Tue, 13 Jul 2021 00:00:00 -0300

Ao pensar na formação de leitores como um processo sociocultural, permeado de significados e aportes afetivos, este estudo traz o relato do trabalho de docência compartilhada, desenvolvido na turma do 1° ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Roraima, durante o ano de 2018 e primeiro semestre de 2019. A prática intitulada “leitura diária”, foi desenvolvida com o objetivo de proporcionar práticas de leitura literária, pensando na formação de leitores e na construção de relações significativas com o texto literário. Partiu-se dos conceitos de Kleiman (2013) e Soares (2014), nos quais a leitura é concebida como um bem simbólico e uma prática social, que remete a outros textos e/ou outras leituras. Associa-se ao que afirma Martins (2012), que mais do que aprender a ler lendo, se aprende vivendo, interagindo, pensando sobre o que se vê/lê. Tendo, ainda, Cosson (2014) e Jouve (2012) como aportes, relacionou-se leitura literária como processo ativo de apropriação dessa linguagem, na qual o letramento literário possibilita a criação de novos significados. As ações consistiram em ler diariamente para as crianças como forma de iniciar a rotina das aulas, independente do componente curricular a ser trabalhado. Buscou-se, a cada leitura, permear conceitos como diagramação, tradução, ano de publicação, entre outros, de forma a promover a apropriação significativa desses elementos. Os resultados da proposta indicam que a medida em que as crianças foram construindo relações significativas com o texto literário, tornaram-se “íntimos” dessa forma de comunicação, passando a mediar situações de leitura, recomendar livros e, ainda, comparar autores, editoras e gêneros. Estas vivências foram fundamentais no desenvolvimento de habilidades das crianças para discutir e/ou tecer comentários durante as rodas de leitura, com elementos próprios da linguagem literária.