DA CIDADE DOS MENORES À MEDICALIZAÇÃO: OS DISCURSOS SOBRE O CONTROLE DO RISCO
DOI:
https://doi.org/10.32930/nuances.v29i1.5872Palabras clave:
medicina e educação, segregação, escola.Resumen
Este trabalho acompanha os processos de circulação e apropriação dos discursos sobre o controle de risco, difundidos por pesquisas da ciência médica em épocas distintas. Uma dessas pesquisas é o primeiro trabalho publicado no ano de 1937 tencionando a defesa da criação do projeto intitulado “cidade dos menores”, que visava a detecção e segregação de crianças e adolescentes que apresentassem comportamentos indicativos de um possível envolvimento com a criminalidade. Outro trabalho analisado consiste em um artigo publicado no ano de 2011, salientando a importância da percepção precoce de crianças com indícios comportamentais que possam se configurar futuramente em risco social, reproduzindo desse modo a mesma lógica, que na contemporaneidade é corporificada pela medicalização dos supostos transtornos da infância, como a exemplo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Aprendizagem (TDAH) e Transtorno de Oposição Desafiante (TOD). Compreendemos que a medicalização é construída no contexto de sociedade baseada no pensamento da meritocracia em uma sociedade mercadológica e constitui em uma transformação de questões de ordem social, políticas e econômicas em atribuições de ordem médica, sendo apresentadas como questões biológicas e individuais, e perdendo sua determinação coletiva. Pretendemos problematizar como a escola é agenciada através dos referidos discursos, e, a partir de tal problematização, re(pensar) coletivamente novos possíveis na educação.
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