A gestão da educação na sociedade capitalista: influências do gerencialismo no processo de humanização
DOI:
https://doi.org/10.32930/nuances.v31i0.8328Palabras clave:
Gestão da Educação, Capitalismo, HumanizaçãoResumen
No contexto de Estado capitalista, organizado em classes, cujos interesses revelam-se antagônicos, as políticas educacionais, em linhas gerais, recebem a interferência da lógica do capital. Considerando os aspectos históricos, políticos, econômicos, culturais e sociais que envolvem a definição destas políticas, a problemática em questão versa sobre o modelo de gestão gerencialista presente na educação pública da sociedade capitalista neoliberal. Os objetivos do estudo consistem em analisar este modelo de gestão gerencialista da educação, com características empresariais que se pautam no atendimento à necessidade do mercado global, identificando os seus impactos na formação dos sujeitos que compõem a classe trabalhadora; e compreender as suas possíveis influências no desenvolvimento humano. Para tanto, ancora-se no método materialista histórico dialético e tem como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica, à luz da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica. Como resultado, observa-se que a definição de políticas públicas sociais, entre elas, à educação, a partir da conjuntura mercantil, não é algo novo e, portanto, direciona para uma gestão de ações educativas voltadas para a adequação do sujeito à força de trabalho, a fim de atender às necessidades de contínua reestruturação do capital. Conclui-se, então, que é plausível o resgate de uma reflexão acerca do modelo de gestão da educação que proporcione um processo de apropriação da cultura e objetivação do sujeito, em que a escola tem seu trabalho educativo voltado para o social, no sentido de rompimento com a lógica do capital e possibilitando o desenvolvimento do homem novo, a partir de uma educação emancipadora.Descargas
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