Os registros escritos infantis e alfabetização científica
Em foco, o ensino de ciências por investigação
DOI:
https://doi.org/10.32930/nuances.v33i00.9496Palavras-chave:
Alfabetização, Ciências, EscolaResumo
O Ensino de Ciências por Investigação nos anos iniciais da escolarização contribui para o desenvolvimento do processo de Alfabetização Científica. Na exposição de parte dos resultados de pesquisa, crianças e professoras colaboradoras em cena, se situam em uma escola da rede pública de um município de médio porte, no oeste paulista. Trata-se de uma turma de terceiro ano do Ensino Fundamental que, em ação cooperativa, participou de atividades decorrentes da organização de uma Sequência de Ensino Investigativa, intitulada “Fotossíntese e cadeia alimentar”. Na imersão da cultura produzida pela humanidade, atividades de linguagens escrita e científica se entrelaçam e contribuem para a formação da inteligência e personalidade infantis, evidenciando o quanto essa prática de ensino – envolvendo resolução de problemas, levantamento de hipóteses e discussões – traz impactos positivos na produção de textos autorais, nos quais a criança, ao registrar o que pensa e aprendeu em aula, amplia o desejo de se expressar em seu projeto de dizer e se apropria de capacidades especificamente humanas, relativas à escrita e à ciência. Sendo assim, as atividades investigativas podem ser um caminho possível para potencializar o processo de alfabetização, bem como o envolvimento do aluno com a cultura científica.
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