A HEGEMONIA DO AGRONEGÓCIO E A RECONFIGURAÇÃO DA LUTA PELA TERRA E REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL

Autores

  • Paulo Alentejano

Palavras-chave:

agronegócio, conflitos pela terra, reforma agrária

Resumo

A conjuntura agrária brasileira tem hoje como marca fundamental a hegemonia do agronegócio, reforçando o poder do latifúndio, bloqueando a reforma agrária e colocando na defensiva os movimentos sociais e povos do campo. Tal processo tem aprofundado a expropriação e a violência contra camponeses, indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais e expandido a produção agropecuária centrada na grande propriedade, articulada ao grande capital transnacional e sustentada política e economicamente pelo Estado brasileiro e ideologicamente pela mídia empresarial. Diante disto, há uma reconfiguração da luta pela terra. De um lado, verificamos a resistência dos camponeses, indígenas e quilombolas contra o açambarcamento das terras que ocupam pelas forças do latifúndio/agronegócio. De outro, observamos a luta dos movimentos sociais do campo contra um modelo agrário que concentra riqueza, promove devastação ambiental (desmatamento e contaminação de águas, solos, alimentos e trabalhadores por agrotóxicos) e se reproduz com base na violência e na exploração do trabalho (inclusive com trabalho escravo); e por uma reforma agrária que desconcentre a terra, o poder e a riqueza no campo e promova a produção de alimentos saudáveis a partir da perspectiva agroecológica.

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Publicado

2020-12-17

Como Citar

Alentejano, P. (2020). A HEGEMONIA DO AGRONEGÓCIO E A RECONFIGURAÇÃO DA LUTA PELA TERRA E REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL. Caderno Prudentino De Geografia, 4(42), 251–285. Recuperado de https://revista.fct.unesp.br./index.php/cpg/article/view/7763