PARADOXOS DA TECNIFICAÇAÇÃO AGRÍCOLA NO NORTE DO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v2i13.634Abstract
Diante das mudanças recentes no campo e da ampla e genérica utilização do conceito de modernização para explicá-las, uma reflexão mais cuidadosa não deixa de ser pertinente, sobretudo porque nos dias atuais, moderno é uma terminologia sagaz, cujo brilho pode ocultar sua face mais obscura, a exemplo dos desdobramentos desse processo no Brasil. É nesse bojo que outro conceito, o de camponês, quase acaba por ser banido e, como num passe de mágica, no plano analítico, os seres sociais a que se refere. Esse curso dos fatos acaba por explicitar uma falsa dualidade: o moderno contra o ultrapassado. Fiel à advertência de Shanin de que o preço da utilização dos modelos é a eterna vigilância, ao referirmo-nos ao teor desse debate, temos o propósito de refletir sobre a necessidade de se distinguir incorporação de tecnologia com modernização das relações de produção. Assim, é a explicitação dos paradoxos que esse mesmo processo produziu no Norte do Paraná, uma das áreas de maior índice de tecnificação do país, que se constitui a tônica desse trabalho.
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