A CONSOLIDAÇÃO DO SER SOCIAL NOS ASSENTAMENTOS - DA CONSTRUÇÃO COLETIVA À INDIVIDULIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v1i15.742Abstract
A não democratização da terra desde o processo de colonização do Brasil acarretou uma série de conflitos no meio rural, que culminou com a formação de movimentos sociais de luta pela terra, dentre eles, o MST. As ações dos movimentos forçaram os governos a fazerem a reforma agrária, não exatamente a que os movimentos sociais reivindicam, mas uma política de distribuição de terras. O objetivo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é a construção de uma sociedade socialista que passa pela construção do novo homem e da nova mulher. Objetivou-se com esse trabalho analisar a práxis dessa construção do ponto de vista produtivo, político e social. A luta dos camponeses assentados se estabelece na forma de manifestações coletivas. Uma luta que nasce na conquista da terra e se espacializa no território conquistado: o território camponês. O presente trabalho desenvolvido no Assentamento 17 de Abril/Restinga, região nordeste do estado de São Paulo, possui 157 famílias, onde foram entrevistados 60 assentados responsáveis pelos lotes. Verificou-se que o processo de formação social que se iniciou no acampamento não teve continuidade promovendo uma desconexão entre formação política e o cotidiano dos assentados, prejudicando o avanço da luta e comprometendo a construção de uma nova estrutura baseada na cooperação. Concluiu-se que várias questões deixaram de ser refletidas pelo movimento social permitindo a reprodução do individualismo, a hierarquização, um descolamento da representatividade das lideranças em relação à base degenerando o avanço na luta camponesa.
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