O ESVAZIAMENTO POPULACIONAL NO ESPAÇO AGRÁRIO NA AMAZÔNIA PARAENSE: UM ESTUDO DE CASO NA COMUNIDADE CAMURIM - MUNICÍPIO DE BRASIL NOVO – PA
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v27i52.6518Resumen
Neste artigo tem-se o estudo de caso sobre a realidade nas escolas rurais no município de Brasil Novo – PA e a consequência do não funcionamento dessas na mobilidade agrária. Cada vez menor o número de alunos nas unidades escolares localizadas no espaço agrário do município, consequentemente tem-se a paralização ou fechamento das escolas. A falta de estudantes no espaço agrário brasilnovense está relacionada a mobilidade campo/cidade, devido à falta de incentivos ao pequeno agricultor para se manter com suas atividades rurais. A mobilidade, está relacionada com a implementação do grande empreendimento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no município de Vitória do Xingu, com efeitos registrados em toda área no seu entorno. Neste texto, apresenta-se dados, informações e se discute a realidade supracitada a partir da pesquisa feita em uma comunidade específica, denominada Camurim, localizada na vicinal 10 KM 30, na Rodovia Transamazônica, na qual se encontra a escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Luzia. Nessa, nos últimos anos, teve o número de alunos reduzido significativamente. Metodologicamente adotou a análise documental; interpretação de dados estatísticos oficiais de âmbito municipal e nacional, bem como o estudo da história (abordagem espaço-temporal) da comunidade, realizando entrevistas com representantes da comunidade do Camurim. Com os resultados foi possível ratificar a hipótese da diminuição do número de estudantes na zona rural de Brasil Novo, fenômeno que vem ocorrendo desde a última década (2010) como consequência da redução da população no espaço agrário do munícipio ocasionando o fechamento de unidades escolares em várias comunidades.
Descargas
Citas
ALVES, Eliseu; SOUZA, Geraldo da Silva e; MARRA, Renner. Êxodo e sua contribuição à urbanização de 1950 a 2010. São Paulo. Política Agrícola. Ano XX – nº 2. 2011, pp. 80-88.
BECKER, B. K. Geopolítica da Amazônia. São Paulo. Estudos Avançados. 2005, vol.19 nº.53, p. 71-86.
BECKER, Bertha K. Revisão das políticas de ocupação da Amazônia: é possível identificar modelos para projetar cenários? Brasília. Parcerias Estratégicas. 2001, n° 12, pp. 135-139.
BRASIL. IBGE. Censo Demográfico 2000. Tabela - População residente, por sexo e situação do domicílio, população residente de 10 anos ou mais de idade, total, alfabetizada e taxa de alfabetização, segundo os Municípios, 2000. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa_pop.shtm>. Acesso em: 2 fev. 2018.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo demográfico 2010. Sinopse do censo demográfico 2010. Disponível em: < https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=15&dados=11>. Aceso em: 02 fev. 2010.
____ Censo Demográfico 2010: Sinopse do censo e resultados preliminares do universo, 29 abr. 2011. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/13909/13909_7.PDF>. Acesso em: 12 fev. 2018.
____ Estimativa de população. Downloads, IBGE. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?&t=downloads>. Acesso em: 04 fev. 2018.
BRASIL. INCRA. Incra nos Estados - Informações gerais sobre os assentamentos da Reforma Agrária, 1º abr. 2016. Disponível em: <http://painel.incra.gov.br/sistemas/index.php>. Acesso em: 08 fev. 2018.
BRASIL. INEP. Resultados e resumos, 30 out. 2017. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/resultados-e-resumos>. Acesso em: 08 fev. 2018.
CAMARANO, Ana Amélia; ABRAMOVAY, Ricardo. Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos. Rio de Janeiro, IPEA, 1999.
CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.
DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. História oral e narrativa, tempo, memória e identidades. Belo Horizonte. Dossiê, nº 6, 2003, p. 9-25.
HERRERA, José Antonio. Desenvolvimento capitalista e realidade da produção agropecuária familiar na Amazônia paraense. 2012, 160f. (Doutorado em Desenvolvimento Econômico) – Instituto de Economia da UNICAMP. Universidade de Campinas, Campinas.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas S.A, 2002.
KOHLHEPP, Gerd. Conflitos de interesse no ordenamento territorial da Amazônia brasileira. São Paulo. Estudos Avançados, 16 (45), 2002
MADEIRA, J. L.; SIMÕES, C. C. S. Estimativas preliminares da população urbana e rural segundo as unidades da Federação de 1960/1980 por uma nova metodologia. Revista Brasileira de Estatística, Rio de Janeiro: IBGE, v.33, n.129, p.3-11, jan./mar. 1972.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Modo de produção capitalista, agricultura e reforma agrária. São Paulo: FFLCH/Labur Edições, 2007, 185p.
OLIVEIRA, Ecírio Barreto Santos de. Nova relação campo-cidade tendências do no rural brasileiro. Geografia. n. 37, mai/2011, p. 35-43.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. 4ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008.
SANTOS, Milton. Espaço e Método. 5ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo. 5ª ed. São Paulo: Edusp, 2013.
VALE, Ana Lia Farias; LIMA, Luís Cruz; BONFIM, Maria Geovaní. Século XX: 70 anos de migração interna no Brasil. Boa Vista. Textos & debates, nº 7, 2001, pp. 22-43.
WESZ JUNIOR, Valdemar João et al. Os novos arranjos do êxodo rural: a evasão temporária de jovens agricultores familiares gaúchos. São Luiz Gonzaga – RS. SOBER, 2006, pp. 1-12.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi – 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos submetidos a revista Formação Online estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Todos os direitos reservados. A reprodução integral e/ou parcial da revista é permitida somente se citada a fonte. A divulgação dos trabalhos em meio digital e impresso é permitida, desde que a comissão de publicação autorize formalmente, sendo vedada a comercialização dos dados e informações a terceiros. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade dos seus autores, sendo que a revista se isenta de qualquer responsabilidade relacionada aos mesmos. Esta é uma revista de caráter científico e está sujeita a regras e ao domínio da Universidade Estadual Paulista.