A estrangeirização da terra é a solução para a crise alimentar? As narrativas de agentes estrangeiros para justificar a apropriação de terras no exterior

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DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.v4i19.8093

Resumo

Em 2007/2008 o mundo vivenciou um aumento nos preços dos alimentos. Ao mesmo tempo, ocorreu a ascensão das crises energética e financeira. Juntos, estes fenômenos atraíram o interesse de diferentes agentes para o mercado de terras e produção agrícola. A segurança alimentar, que é uma questão geopolítica, tornou-se justificativa para a apropriação de terras no exterior por parte de agentes públicos e privados. Contudo, o objetivo da estrangeirização da terra não é garantir o acesso ao alimento a todos, mas sim sustentar a acumulação do capital em tempos de crise. O objetivo deste artigo é discutir acerca de como os agentes promotores da estrangeirização da terra utilizam da crise alimentar para justificar a sua expansão em direção ao exterior. Por meio da revisão da literatura ao longo de quase uma década de pesquisas sobre a estrangeirização da terra na América Latina, concluímos que a estrangeirização da terra apenas acentua a crise alimentar porque a sua base é a acumulação de capital e não a resolução do problema da fome.

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Biografia do Autor

Lorena Iza Pereira, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil

Universidade Federal da Paraíba, UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil

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Publicado

2020-12-19

Como Citar

IZA PEREIRA, L. A estrangeirização da terra é a solução para a crise alimentar? As narrativas de agentes estrangeiros para justificar a apropriação de terras no exterior. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 4, n. 19, p. 63–82, 2020. DOI: 10.35416/geoatos.v4i19.8093. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br./index.php/geografiaematos/article/view/8093. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos