A importância da indústria e da industrialização para o desenvolvimento econômico no Brasil: uma revisão bibliográfica preliminar
DOI:
https://doi.org/10.35416/2022.8252Resumo
A concentração industrial no Brasil se originou a partir de 1860 a 1880 no Estado de São Paulo, durante o ciclo de expansão das exportações de café que foi o motor primário da acumulação de capital. Nesse sentido, o artigo buscou apresentar uma radiografia do panorama da indústria e da industrialização no Brasil, tendo com eixo condutor a geografia histórica da produção material, através de uma revisão bibliográfica. Todavia, o desenvolvimento do capitalismo brasileiro e da industrialização no período de 1930/80, tem no Estado o fator estimulou a transferência do capital agrário para a indústria através de investimentos em infra-estrutura e políticas econômicas como: organização do mercado financeiro, incentivos que privilegiassem a exportação e a economia industrial – via a fase da industrialização de substituição de importações (ISI). Assim, nos anos 1990, o Estado procurou combater a inflação e controlar a dívida externa para a retomada do crescimento econômico. Entraram em cena as políticas neoliberais: a) abertura da economia ao mercado globalizado; b) desregulamentações dos mercados nacionais balizado pela privatização das empresas públicas e pelas fusões/aquisições de empresas. As empresas nacionais tiveram que aumentar a sua capacidade produtiva e tecnológica devido à competitividade com as empresas estrangeiras chegando sólidas ao século XXI.
Downloads
Referências
ANTUNES, Ricardo. ADEUS AO TRABALHO?: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho. 15ª edição. São Paulo: Cortez, 2011.
AURELIANO, Liana. No liminar da industrialização. 2.ed. Campinas: Unicamp. IE, 1999.
BRUM, Argemiro J. O desenvolvimento econômico brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes/Unijuí, 2000.
CANO, Wilson. Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil 1930-1997. 2ed. Campinas: IE, 1998.
CHESNAIS, François. Mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
DEAN, Warren. A Industrialização de São Paulo. Ed. Universidade de São Paulo, 1976.
DUNDES, Ana Claudia. O processo de (des) industrialização e o discurso desenvolvimentista em Presidente Prudente. Presidente Prudente/SP: FCT/Unesp, 1998. (Dissertação de Mestrado).
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
FURTADO, Celso. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro/RJ: Fundo de Cultura, 1961.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 25 ed. São Paulo: Nacional, 1972.
HARVEY, David. Condições pós-modernas. São Paulo: Loyola, 1993.
IANNI, Octavio. Estado e Capitalismo. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.
MARINI, Ruy Mauro. “Dialética da dependência”. In: SADER, Emir. Dialética da Dependência. Petrópolis: Vozes, 2000.
MELO, João Manuel Cardoso de. O capitalismo tardio: contribuição à revisão da formação e do desenvolvimento. 10 ed. Campinas: Unicamp/IE, 1998.
NIVEAU, Maurice. História dos fatos econômicos contemporâneos. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1969.
NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1979.
PRADO JR, Caio. História econômica do Brasil. 17 ed. São Paulo: Brasiliense, 1973.
SILVA, Sergio, Expansão cafeeira e origens da indústria. 8 ed. São Paulo:Alfa Omega, 1995.
SUZIGAN, Wilson. Indústria brasileira: origem e desenvolvimento. São Paulo: Brasiliense, 1986.
TAVARES, Maria da Conceição. Da substituição de importações ao capitalismo financeiro: ensaios sobre economia brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
TZMRESÁNYI, Tamas. Celso Furtado e o início da industrialização no Brasil. Revista de economia política, vol. 22, nº (86), p.3-14, abril-junho/2002.