MUDANÇAS NO ESPAÇO PÚBLICO EM CONTEXTO DE FRAGMENTAÇÃO SOCIOESPACIAL:
O CASO DE DOURADOS - MS/BRASIL E SUAS CONTRADIÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.35416/2024.9274Palabras clave:
Espaço Público, Fragmentação socioespacial, Dourados – MSResumen
As mudanças nos espaços públicos das cidades brasileiras podem ser mais bem compreendidas quando se considera o processo de fragmentação socioespacial, que está em curso. Nesse trabalho, se busca identificar e compreender tais mudanças, a partir do estudo do caso do Parque dos Ipês, em Dourados - MS. Para isso, i) discutimos a noção de espaço público, suas mudanças e contradições, considerando o processo de fragmentação, ii) estudamos o caso selecionado e as práticas espaciais lá presentes e iii) identificamos tendências de apropriação privada e o significativo poder de atração desse parque. Concluiu-se que, a despeito da ampliação da preferência pelos espaços privados, a possibilidade de visualizar “os outros” e a sociabilidade, características dos espaços públicos, têm potencial para se contrapor ao processo de fragmentação socioespacial.
Descargas
Citas
ARAUJO, L. G. N. M. de. A distribuição espaço-temporal e avaliação qualitativa das praças e parques urbanos de Dourados-MS. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS. 2019.
ARENDT, H. The human condition. Chicago: University of Chicago Press. 1958.
CALDEIRA, T. P. R. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34. 2000.
CALIXTO, M. J. M. S. O papel exercido pelo poder público local na (re)definição do processo de produção, apropriação e consumo do espaço urbano em Dourados – MS. 2000. 296 f. Tese (Doutorado em Geografia). Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente-SP, 2000.
CATALÃO; I.; MAGRINI, M. A. de O. Direito à cidade e consumo: contradições e convergências. In: GÓES, Eda Maria et al. Consumo, crédito e direito à cidade. 1.ed. Curitiba: Appris, 2019, p. 133-158.
DAVIS, M. City of Quartz: Excavating the Future in Los Angeles. New York: Vintage Books. 1990.
DELGADO, M. El espacio público como ideologia. Madrid: Catarata. 2011.
DUHAU, E.; GIGLIA, A. Las reglas del desorden: habitar la metrópole. México: Siglo XXI. 2008.
GOMES, P. (2010). A condição urbana: ensaios de geopolítica da cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
HABERMAS, J. Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguês. Tradução de Flávio R. Kothe. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 1984.
IBGE. Censo Demográfico 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ms/dourados.html. Acesso em: 24 jul. 2023.
IBGE. Regiões de Influência das Cidades 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/redes-e-fluxos-geograficos/15798-regioes-de-influencia-das-cidades.html?=&t=acesso-ao-produto. Acesso em: 24 jul. 2023.
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Disponível em: https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idhm-municipios-2010.html. Acesso em: 24 jul. 2023.
JACOBS, J. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes. 1961.
LEFEBVRE, H. La production de l’espace. Paris: Anthropos. 1974.
LEGROUX, J. A lógica urbana fragmentária: delimitar o conceito de fragmentação socioespacial. Caminhos de Geografia, v. 22, n. 81, p. 235–248, 2021.
LOBODA, C. Espaço público e práticas socioespaciais: uma articulação necessária para análise dos diferentes usos da cidade. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, nº 31, v. 1, pp. 32-54. 2009.
MARICATO, E. Para entender a crise urbana. São Paulo: Expressão Popular, 2015a. 112 p.: il.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Caderno 2: Parâmetros Referencias da Qualificação da Inserção Urbana. Coleção Minha Casa +Sustentável, 1ª Ed. Brasília, 2017, 104p. Disponível em: https://antigo.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosSNH/ArquivosPDF/Publicacoes/caderno2parametrosreferenciais.PDF. Acesso em: jul. 2023.
ROLNIK, R. Guerra dos lugares: a colonização da terra e da moradia na era das finanças. 1. ed. – São Paulo: Boitempo, 2015a. 424 p.
SENNETT, R. O declínio do homem público. São Paulo: Companhia das Letras. 1989.
SERPA, A. O espaço púbico na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto. 2007.
SILVA, B. L.; MELAZZO, E. S. Expansão urbana e dinâmica imobiliária: comparando as estratégias fundiárias dos agentes imobiliários em cidades médias. Sociedade e Natureza, v. 32, pp. 108-125. 2020.
SOUZA, A. Os Espaços públicos nas cidades. Geografares. p. 182-213, Jul-Set, 2018.
SPOSITO, M. E. B. Cidades médias: reestruturação das cidades e reestruturação urbana. In: SPOSITO, Maria E. B. (Org.). Cidades médias: espaços em transição. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007, v. 1, p. 233-253.
SPOSITO, M. E.; GÓES, E. Espaços Fechados e Cidades: Insegurança Urbana e Fragmentação Socioespacial. São Paulo: Editora UNESP. 2013.
SPOSITO, M. E. B. Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos (FragUrb). São Paulo: Fapesp, 2018.